Angra apresenta PMRR e reafirma compromisso com a prevenção de desastres
Plano desenvolvido em parceria com o IEAR/UFF identifica áreas de risco e define estratégias para proteção da população

A Prefeitura de Angra apresentou, em audiência pública realizada na Câmara Municipal nesta quarta-feira, 17 de setembro, o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), ferramenta estratégica que vai nortear as ações de prevenção e mitigação de desastres naturais nos próximos anos. O encontro reuniu autoridades municipais, representantes da sociedade civil, especialistas do Instituto de Educação de Angra dos Reis (IEAR/UFF) e órgãos de controle, além de ser transmitido ao vivo pelo canal digital da Câmara, ampliando a participação popular.
O PMRR foi elaborado ao longo de 18 meses, em cinco etapas, com apoio técnico do IEAR/UFF e financiamento do programa Periferia Viva, da Secretaria Nacional das Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, com articulação da Fiocruz. Angra dos Reis é uma das duas cidades do estado do Rio de Janeiro contempladas na seleção nacional, que beneficiou outros 91 municípios em todo o país.
O secretário de Proteção e Defesa Civil, Fábio Jr., destacou que o plano representa um avanço no planejamento preventivo do município.
— O PMRR é uma ferramenta de gestão fundamental para salvar vidas. Permite identificar, com base científica, as áreas mais vulneráveis, priorizar intervenções e buscar recursos para obras estruturais, como contenção de encostas. Nosso maior objetivo é garantir mais segurança para quem vive em áreas de risco e evitar tragédias – afirmou.
Durante a audiência, os professores Paulo Leal, Marcos Barreto e Michael, responsáveis pela condução técnica do projeto, apresentaram os diagnósticos das áreas de maior vulnerabilidade, além das propostas de soluções estruturais e comunitárias.
O professor Anderson Sato, coordenador do projeto pelo IEAR/UFF, reforçou o papel estratégico da academia na construção de políticas públicas.
— O PMRR é resultado de um trabalho conjunto entre universidade, poder público e comunidade. Ele nasce de um processo participativo e tem o potencial de transformar realidades, ao integrar conhecimento técnico-científico e as demandas locais – destacou.
Também participaram do encontro representantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, do Instituto Municipal do Ambiente de Angra dos Reis (Imaar), do Programa Comunidades de Angra (PCA), da Secretaria Extraordinária de Infraestrutura e da sociedade civil.
Mais informações e acesso ao conteúdo do plano estão disponíveis no www.angra.rj.gov.br/pmrr.