O secretário de Defesa Civil e Trânsito, Marco Oliveira, reuniu todo seu efetivo para prestar conta dos quatro primeiros meses de sua gestão. Não deixou de citar de que forma recebeu a autarquia, com uma dívida de cerca de R$10 milhões, além da frota náutica e parte da terrestre inoperantes, mas também salientou a força de vontade de cada um dos funcionários para tocar os projetos futuros.

Um deles é a construção de subestação e aquisição de gerador para o Centro de Gerenciamento de Operações. Os outros são: locação de um radar meteorológico; compra de marégrafo e linígrafo; concurso público para operador de vídeo monitoramento; construção de um posto distrital do lado leste (provavelmente na Monsuaba) e do lado oeste (Frade); geração de imagem para Estado e possivelmente para Brasília, durante o Exercício Geral do Plano de Emergência, em setembro; criação de Grupo Ambiental para Repreensão e Controle de Áreas Públicas e de Risco (comum acordo com Meio Ambiente, Obras e Procuradoria); e, por fim, concurso público para a Defesa Civil Municipal.

OS ENFRENTAMENTOS

Além da dívida e da frota inoperante, a atual gestão da secretaria começou o ano enfrentando o maior índice pluviométrico registrado no órgão, quase mil milímetros, o que gerou trabalho excessivo para o setor de Operações e Engenharia, principalmente. Da frota inoperante, foram contabilizados 17 veículos terrestres e quatro lanchas - Para darmos auxílio à Procissão Marítima usamos a lancha do Inea¬ - lembrou Oliveira. Para culminar, a prefeita Conceição Rabha decretou situação de emergência no município, por causa das chuvas.

A equipe de Engenharia realizou 1.200 vistorias do início do ano até agora e foram mais de 180 interdições de imóveis em área de risco. Está sendo realizado, também, de janeiro até agora, o mapeamento e monitoramento da Rodovia Rio-Santos, do Parque Mambucaba a Garatucaia.

Está sendo planejada a revisão do mapeamento geológico para os próximos meses por um grupo formado por funcionários da Defesa Civil e do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM), do governo do estado. Ainda pensando em prevenção, a Defesa Civil tem uma cadeira no Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía da Ilha Grande, onde será elaborado e aprovado um projeto que irá viabilizar recursos para a recuperação de nascentes e rios, por exemplo. A autarquia também faz parte do grupo técnico que trata da política habitacional no município.

- Mesmo com tantas dificuldades, arregaçamos as mangas e fomos para as soluções - frisou Marco Oliveira. Melhorias internas foram citadas, como a do sistema de informatização e a reestruturação dos departamentos de Compras e Licitação; Pessoal e Tesouraria.

CENTRO DE MONITORAMENTO

Foi iniciada, também, a licitação para o projeto executivo visando a ampliação do sistema de monitoramento da região central e lado oeste do município, bem como a implantação de fibra ótica e câmeras do lado leste. Para aprimorar ainda mais o conhecimento, a equipe da Superintendência de Planejamento e Gerenciamento de Crises realizou uma visita técnica ao Centro de Operações do RJ; Centro de Monitoramento de Praia Grande (SP) e Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (CIOSP) e visita técnica ao Cemaden.

Serão implantados 15 pluviômetros em parceria com o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

CONVÊNIOS EM ANDAMENTO

Reativação e gerenciamento de três convênios com o Ministério das Cidades totalizando pouco mais de R$ 1 milhão para projetos de estabilização de encostas e no plano municipal de redução de risco.

Dois convênios com a Eletronuclear: compensação sócio ambiental no valor de R$ 4,5 milhões e Plano de Emergência Local (PEL) no valor de R$ 2,1 milhões.