Conceição visita a Usina Verde no Rio de Janeiro

Prefeita busca melhores soluções para a destinação final dos resíduos sólidos urbanos

28 de fevereiro de 2013
Em busca de uma nova solução para a destinação final dos resíduos sólidos do município, além de melhorar a qualidade no tratamento desses resíduos, a prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, visitou nesta terça-feira, 26, a Usina Verde, projeto experimental desenvolvido e instalado no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, no Rio.

A Usina Verde é um projeto pioneiro no país, e trata-se de uma usina de recuperação de energia a partir dos resíduos sólidos (lixo urbano e industrial). Quando foi criada, ela operava apenas com os resíduos coletados no campus da UFRJ, porém, com o desenvolvimento do projeto e das tecnologias passou a operar tratando também parte dos resíduos da cidade do Rio, alcançando uma geração de 440KWh/dia, usando cerca de 30 toneladas de lixo por dia.

O presidente da usina verde, Mário Amato, defendeu a necessidade de se implantar uma usina desse modelo numa cidade como Angra, já que o atual sistema de vazadouro (aterro) a céu aberto prejudica tanto o solo, quanto a população do entorno. A usina, por sua vez, não possui restrições de localização e não emite odores, nem contaminação do solo ou do lençol freático, além de praticamente não gerar nenhum resíduo no processo. As cinzas liberadas após o tratamento térmico podem, inclusive, serem utilizadas na confecção de tijolos.

- Os aterros estão ficando cada vez mais distantes e mais caros. Em 2014 os lixões serão proibidos e muitos municípios serão obrigados a procurar soluções mais adequadas para a destinação final de seus resíduos - informou Amato.

Conceição demonstrou interesse na implantação de uma usina desse tipo no município, visto que a cidade não dispõe mais de um local adequado para o descarte correto do lixo. Além disso, o município tem poucas áreas disponíveis para a criação de um novo aterro sanitário.

- Estamos enviando nosso lixo para Seropédica exatamente por isso. Minha preocupação é com o futuro, quando os lixões serão proibidos e teremos que buscar um modelo ecologicamente correto para a destinação dos nossos resíduos. Como prefeita não vou contribuir com a contaminação do solo, muito menos, me sentiria confortável com uma situação de poluição na cidade. Por isso estamos buscando alternativas - explicou Conceição.

Para o presidente da Usina Verde, Mário Amato, o município ganharia muito com uma usina dessas em operação. Além de contribuir para um meio ambiente menos poluído, ela gera empregos e oportunidades. O prazo para instalar um modelo desse tipo em Angra, com capacidade para tratar até 200 toneladas de resíduos por dia, é de aproximadamente 20 meses. O valor do investimento depende, porém, do local e dos processos de instalação. Além disso, a Prefeitura dependeria de autorização legislativa para investir no projeto.

- Fico muito satisfeito ao ver preocupação de entidades públicas e prefeituras em oferecer o melhor para seu município. É com base nisso que nos colocamos à disposição para entender e trabalhar com os governos, da melhor forma em prol do desenvolvimento deste trabalho - finalizou Amato.

A convite da Usina Verde, um grupo de vereadores de Angra dos Reis também esteve na unidade, no dia anterior ao da visita da prefeita angrense.