Angra no combate ao fumo

Evento ocorre na terça-feira, na Praça do Papão

27 de maio de 2013
A Secretaria Municipal de Saúde de Angra dos Reis, através do Programa de Anti-tabagismo, promove na terça-feira, 28, de 9 às 16h, na Praça do Papão, uma campanha alusiva ao combate ao tabaco.

Com o objetivo de mostrar os malefícios do cigarro e fazer uma alusão ao Dia Mundial de Combate ao Fumo (31 de maio), a equipe coordenada por Vanderléia Rodrigues estará no local, efetuando a aferição da pressão arterial, exame de monóxido de carbono, teste rápido para identificação de câncer bucal, além da distribuição de panfletos informativos ao tema. As ações do programa, que está presente em 20 unidades de saúde do município, também serão apresentadas à população.

- Estaremos mostrando a importância de não fumar. Nossa equipe fará o rastreamento de câncer bucal, aferição da pressão arterial, medição do nível de monóxido de carbono e tirando dúvidas da população em relação ao tema. Queremos mostrar que existe um programa anti-tabagismo em Angra, que está presente em 20 unidades de saúde do município e nosso objetivo é ampliar este atendimento - disse Vanderléia.

A secretaria de Ação Social é parceira do evento, assim como a dos programas de Saúde do Idoso, Homem, Hospitalar, Bucal, Escolar e Adolescentes, ambos da Secretaria de Saúde de Angra. Mais informações sobre o Programa Anti-tabagismo podem ser obtidas pelo telefone (24) 3377-7338.

Tabagismo

No Brasil, estima-se que cerca de 290 mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo. A proporção de fumantes no país é de 23,9% da população. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), em 2008, o Brasil tinha 24,6 milhões de fumantes habituais com idade a partir de 15 anos ou 17,2% da população de pessoas dessa faixa etária, sendo 15,1% fumantes diários.

Cerca de 90% dos fumantes tornam-se dependentes da nicotina entre os 5 e os 19 anos de idade. Há 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária, mas a maior concentração de fumantes está na faixa de 20 a 49 anos.

O fumo é responsável por 95% dos casos de câncer de boca; 90% das inflamações de mama; 80% da incidência de câncer no pulmão; por 97% dos casos de câncer da laringe; 50% dos casos de câncer de pele; 45% das mortes por doença coronariana (infarto do miocárdio) e também 25% das mortes por doença vascular-cerebral (derrames cerebrais).

O tabagismo, incluindo o passivo, é o fator de risco mais comum para a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). No Brasil, estima-se que a doença atinja cerca de 6 milhões de pessoas. Somente 12% dos pacientes são diagnosticados e, desses, apenas 18% recebem tratamento. Já no cenário mundial, a estimativa é de que aproximadamente 210 milhões de pessoas tenham DPOC e a previsão é que a doença se torne a terceira principal causa de morte por volta de 2020. Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença são a inalação de poeiras e produtos químicos em fábricas ou ambientes profissionais similares, poluição do ar, desenvolvimento pulmonar prejudicado e fatores genéticos.

Segundo uma pesquisa realizada em 20 países, o brasileiro, com 91%, é o que mais se arrepende de ter começado a fumar. Entre os fumantes brasileiros do estudo internacional, 63% apoiam campanhas e leis contra o fumo e 82% relatam que o fumo já lhes causou algum problema de saúde.