Santa Casa fecha emergência aos planos de saúde
Planos não quiseram reajustar os valores reembolsados ao Hospital
25 de abril de 2013

A Santa Casa de Angra dos Reis suspenderá a partir da terça-feira, 30, o seu pronto atendimento a clientes dos planos de saúde Unimed e Amil. A decisão ocorreu após a análise dos contratos com a unidade e a comprovação de que o atendimento aos pacientes que têm plano de saúde privado, gerava prejuízos à unidade hospitalar, já que a Santa Casa gasta em média R$ 120 mil mensais com o serviço e só recebia dos planos, cerca de R$ 54 mil. Os serviços e internações cobertos pelos planos continuarão em vigor. Apenas o pronto atendimento será encerrado.
Segundo a interventora da unidade, dra. Maricelma Datore, as duas operadoras dividiam o valor de R$ 54 mil e foram chamadas a corrigir o valor, mas não concordaram com a negociação proposta pela direção da Santa Casa.
- Quando percebemos o prejuízo que a Santa Casa estava tendo na relação com os planos, chamamos a Unimed e a Amil para renegociar. A Unimed, de imediato, disse que não aceitava pois pretender inaugurar seu próprio hospital. Já a Amil se ofereceu a pagar os R$ 120 mil, mas apenas por dois meses, pois não sabe como ficará a situação de seu contrato com o estaleiro Brasfels. Nessas condições, foi melhor rescindir o contrato - explicou Maricelma.
Os usuários da Amil são os que mais utilizam a Santa Casa. No ano passado foram mais de 7 mil atendimentos, contra 6 mil da Unimed. Outros planos registraram cerca de dois mil atendimentos. Em janeiro, 957 clientes da Amil procuraram a unidade, seguidos por 658 da Unimed e 209 de outros planos.
- Vamos continuar atendendo os clientes de planos já que a Santa Casa tem convênio com estes serviços. Fechamos apenas o pronto atendimento que gerava um prejuízo de R$ 800 mil por ano para o hospital - explica Maricelma.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Carlos Vasconcellos, os atendimentos ambulatoriais e emergenciais são procurados por quem possui plano de saúde devido ao fato de a cidade não possuir uma unidade privada de atendimento. A situação também gera prejuízos ao município.
- Mesmo quem possui plano de saúde acaba procurando atendimento na rede municipal de saúde. Um exemplo é o atendimento em Jacuecanga. Na unidade, 80% das pessoas que procuram assistência têm plano de saúde. Na Santa Casa não é diferente, cerca de 40% são usuários de planos. A cidade não possui hospital privado para atender essas pessoas e o sistema público as acolhe e todos são atendidos da mesma forma, com a devida atenção dos nossos profissionais - detalhou Vasconcellos.
Os planos de saúde de Angra já foram notificados sobre o fim do convênio no último dia 1º de março.
Conceição cobra ação da ANS
A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, também quer soluções para melhorar a relação do sistema público de Saúde com as redes privadas. Na semana passada Conceição teve uma reunião com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para tratar da atuação dos planos em Angra. A ANS orientou o município a fazer um levantamento do número de atendimentos na rede pública e quantos destes usuários têm planos de saúde privado. A partir desta levantamento, a Agência poderá determinar uma inspeção no atendimento privado na cidade.
Segundo a interventora da unidade, dra. Maricelma Datore, as duas operadoras dividiam o valor de R$ 54 mil e foram chamadas a corrigir o valor, mas não concordaram com a negociação proposta pela direção da Santa Casa.
- Quando percebemos o prejuízo que a Santa Casa estava tendo na relação com os planos, chamamos a Unimed e a Amil para renegociar. A Unimed, de imediato, disse que não aceitava pois pretender inaugurar seu próprio hospital. Já a Amil se ofereceu a pagar os R$ 120 mil, mas apenas por dois meses, pois não sabe como ficará a situação de seu contrato com o estaleiro Brasfels. Nessas condições, foi melhor rescindir o contrato - explicou Maricelma.
Os usuários da Amil são os que mais utilizam a Santa Casa. No ano passado foram mais de 7 mil atendimentos, contra 6 mil da Unimed. Outros planos registraram cerca de dois mil atendimentos. Em janeiro, 957 clientes da Amil procuraram a unidade, seguidos por 658 da Unimed e 209 de outros planos.
- Vamos continuar atendendo os clientes de planos já que a Santa Casa tem convênio com estes serviços. Fechamos apenas o pronto atendimento que gerava um prejuízo de R$ 800 mil por ano para o hospital - explica Maricelma.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Dr. Carlos Vasconcellos, os atendimentos ambulatoriais e emergenciais são procurados por quem possui plano de saúde devido ao fato de a cidade não possuir uma unidade privada de atendimento. A situação também gera prejuízos ao município.
- Mesmo quem possui plano de saúde acaba procurando atendimento na rede municipal de saúde. Um exemplo é o atendimento em Jacuecanga. Na unidade, 80% das pessoas que procuram assistência têm plano de saúde. Na Santa Casa não é diferente, cerca de 40% são usuários de planos. A cidade não possui hospital privado para atender essas pessoas e o sistema público as acolhe e todos são atendidos da mesma forma, com a devida atenção dos nossos profissionais - detalhou Vasconcellos.
Os planos de saúde de Angra já foram notificados sobre o fim do convênio no último dia 1º de março.
Conceição cobra ação da ANS
A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, também quer soluções para melhorar a relação do sistema público de Saúde com as redes privadas. Na semana passada Conceição teve uma reunião com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para tratar da atuação dos planos em Angra. A ANS orientou o município a fazer um levantamento do número de atendimentos na rede pública e quantos destes usuários têm planos de saúde privado. A partir desta levantamento, a Agência poderá determinar uma inspeção no atendimento privado na cidade.