As cores vibrantes pintando os  traços geométricos, cheios de simbolismos, típicos da arte africana, marcam o belo e forte trabalho do artista angolano Barros Tambo, que já rodou diversos países e cidades brasileiras. As telas, medindo 1,00m  x 1,40m,   estão chegando a Angra e  vão ficar expostas na Casa Larangeira, de  1º a 15 de fevereiro, das 10h às 18h, para serem admiradas pela população e turistas. A entrada é franca.
  A exposição é mais um presente da Prefeitura de Angra, através da Fundação Cultural (Cultuar), dando vida a mais um importante espaço histórico da cidade e abrindo oportunidades para artistas, como Tambo, expor seus trabalhos e difundir a arte como um patrimônio importante da humanidade, a que todos têm que ter acesso.
 O artista José Barros  é natural de Uige-Angola. filho de produtores rurais. Durante os conflitos regionais, após a independência de seu país,  em 1975, seus pais  o enviaram para morar com tios em Angola, onde terminou seus estudos no Liceu de Artes. Desde essa época fazia exposições e,devido a elas, foi liberado pelo governo de lutar contra os rebeldes e prosseguir em sua carreira.
 A partir daí foi enviado para participar de exposições pela África do Norte, do Sul, e países como a Rússia e Cuba. Em Cuba, Tambo pediu asilo, mas  ele foi recusado, e quando houve um movimento de envio de africanos refugiados para o Brasil, o governo o incluiu. O artista chegou em 1989 e passou por diversas dificuldades. No Rio de Janeiro trabalhou como servente, ajudante de pedreiro, caseiro, atendente em bar e vigia, até que foi convidado pelo governo brasileiro a expor no Banco do Brasil. Daí surgiram novas oportunidades no Rio e expõe na Casa de  Rui Barbosa, Atelier Arte de Tereza, Salão Zumbi (MAM), Casa de Cultura de Angola e em diversos outros espaços culturais como Casa de Cultura de Angola (Salvador), Centro de Cultura de Angola (RJ) e Galeria MIB(RJ).