Programa hepatites virais muda de coordenação

Acompanhamento e tratamento são oferecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde

23 de maio de 2013
O Programa DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Angra dos Reis, passou a coordenar também o programa de hepatites virais (Hepatites B e C). Essa decisão foi tomada em reunião realizada com representantes da Secretaria Estadual de Saúde, quando foi acordado que os municípios que possuem programas de combate às doenças sexualmente transmissíveis, devem incluir a hepatite em suas ações de combate e tratamento.

- Semana passada participamos de uma reunião no Rio, onde foi colocado que o acompanhamento e tratamento das hepatites virais devem fazer parte dos programas de doenças sexualmente transmissíveis. Com isso o programa passa a se chamar DST/Aids e Hepatites Virais. Isso fará com que o município tenha um maior controle da doença, assim como um acompanhamento permanente, pela Secretaria de Saúde - explicou Juliana Ribeiro, coordenadora do Programa DST/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Saúde de Angra.

Juliana ressaltou que pessoas que efetuaram exames para o diagnóstico das hepatites B ou C e que não retornaram a uma unidade de saúde do município, devem buscar atendimento médico, para que a análise do resultado seja feita.

Segundo o Dr. Carlos Henrique, médico da Vigilância e Hepatites Virais, responsável pelos atendimentos as hepatites, atualmente a vacina de B está disponível nas unidades de saúde do município e está indicada para a população em geral até 29 anos e para grupos de maior vulnerabilidades independentemente da idade (gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, indígenas, LGBT, profissionais do sexo e portadores de DST). É importante ressaltar que atualmente não existe vacina para a Hepatite C. A imunização da Hepatite B só é efetivada quando se toma as três doses da vacina.

A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus "B", que está presente no sangue, esperma e leite materno. Ela pode ser transmitida através das relações sexuais sem camisinha, da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto e amamentação, ao compartilhar material para uso de drogas (seringas, agulhas e canudos), ao compartilhar material de higiene pessoal (escova de dentes, lamina de barbear, alicate de cutícula ou unha, confecção de tatuagem e colocação de piercing), transmissão de sangue contaminado. O principal modo de transmissão da hepatite C é através do sangue contaminado.

A maioria dos casos de hepatite B e C não apresentam sintomas, mas os mais frequentes são cansaço, tontura, enjôo e ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelos, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. As hepatites B e C podem se tornar crônicas e seus diagnósticos são feito por meio de exames específicos.

A prevenção das hepatites constituem no uso de preservativos em todas as relações sexuais e a vacina. Toda gestante deverá fazer o exame da hepatite B no pré-natal, em caso do resultado positivo serão necessárias medidas especificas para o bebê ao nascer (imunoglobulina e vacina).

A Secretaria Municipal de Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS), oferece de forma gratuita, as doses da vacina. Maiores informações podem ser obtidas no Centro de Especialidades Médicas do Centro, sala 22, na Praça General Ozório ou pelo telefone (24) 3367-8069.