Sobrevoo inicia revisão nos mapas de risco

Estudo da região central será entregue em 3 meses

18 de junho de 2013
Mais uma etapa da revisão do mapeamento das áreas de risco do município é encerrada. Representantes da Secretaria Especial de Defesa Civil e Trânsito e do Departamento de Recursos Minerais (DRM), do governo do estado, sobrevoaram diversos bairros da região central na manhã dessa segunda-feira, dia 17. O objetivo foi fotografar as áreas de risco e juntar as fotos ao material já existente para, enfim, entregar à população o mapeamento das áreas de risco do município. A prefeita Conceição Rabha determinou que esse estudo seja entregue em três meses.

Todo material será levado à sede da DRM ainda nesta semana. O órgão está auxiliando a Defesa Civil municipal na revisão do mapeamento das áreas de risco. Hoje, Angra dos Reis tem dois estudos, além do banco de dados próprio, por isso a necessidade da análise final dos técnicos da cidade.

Um mapeamento foi produzido pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ) e outro é da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), órgão do governo federal. Além disso, a própria Defesa Civil angrense tem um banco de dados e estatísticas sobre deslizamentos, alagamentos e a frequência dessas ocorrências em toda a cidade. Os três documentos serão superpostos para determinar sua validação e a posterior divulgação. A prefeita pediu prioridade à conclusão dos estudos envolvendo os morros do Centro, em especial os da Carioca, Santo Antônio, Abel e Carmo.

Por isso, apesar de a equipe mapear todo o município, a prioridade será a região central, o local com maior densidade populacional. Depois, os técnicos irão analisar a periferia e Ilha Grande.

- Todos os estudos que vimos até aqui não foram conclusivos. Divulgar isso, assim, sem uma validação e uma análise de casa em casa, poderia criar alarme e até mesmo insegurança a muitas pessoas. Estamos lidando com vidas e com o patrimônio de muita gente, por isso pedi que a Defesa Civil voltasse a campo para esta checagem final - explicou Conceição.

Com o helicóptero cedido pelo Inea - Instituto Estadual do Ambiente - o coordenador de Fiscalização e Operações da Defesa Civil, Fábio Júnior, e o analista do DRM, Fernando David, sobrevoaram do Areal à Mombaça, com o fotógrafo da prefeitura, registrando cada área de risco para esse estudo. Essas fotos gerarão espelhos, que contêm imagens e informações técnicas de cada local, mais aproximados do que os estudos já existentes.

Depois de juntar as informações e as fotos do sobrevoo, a equipe fará um trabalho de campo visitando as localidades. Após finalizado, o mapa de risco será usado pela prefeitura para tomar decisões para eliminar o risco. Em alguns casos, soluções de engenharia, como a construção de muros de contenção e obras de sondagem, poderão evitar as remoções. Em outros, porém, algumas casas poderão ter de ser desocupadas.

- Precisamos dar uma resposta aos moradores. Onde for viável fazer obra de contenção, nós faremos. Mas, se precisarmos reassentar moradores, teremos que fazê-lo. O mais importante é preservar a integridade física de quem mora nessas localidades consideradas de risco - esclareceu a prefeita.

Para o secretário Marco Oliveira, a confecção desses espelhos será um avanço para os estudos de áreas de risco, mas a Defesa Civil já trabalha na prevenção e mitigação dos riscos.

- A função da Defesa Civil é prevenir. Por isso, em paralelo aos estudos, a Defesa Civil já analisa essas situações e interdita ou não as residências. Mesmo antes da conclusão dos estudos, diariamente estamos realizando vistorias nessas áreas - explicou o secretário de Defesa Civil, Marco Oliveira.

Estão previstos mais dois voos para registro fotográfico da região leste, oeste e Ilha Grande.