Saúde continua prevenção à dengue

Agentes instalam armadilhas no Belém, Monsuaba e Parque Mambucaba

12 de novembro de 2013
A Prefeitura de Angra dos Reis, por meio da secretaria de Saúde, continua as ações de prevenção e combate à dengue para que o município não sofra nova epidemia da doença no Verão deste ano. Neste momento, agentes de controle de endemias estão fazendo varreduras pelas comunidades e instalando armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti em bairros como o Parque Belém, a Monsuaba e o Parque Mambucaba. As localidades são consideradas estratégicas para evitar a proliferação do mosquito.

As armadilhas, chamadas pelo nome técnico de ovitrampas, são armadilhas com larvicida que atraem os mosquitos. São usados recipientes plásticos com água e umaa substância qúimica que atrai as fêmeas do mosquito. Os animais entram na vasilha plástica e ali depositam seus ovos. As armadilhas são monitoradas semanalmente e o material coletado para análise e destruição, evitando a proliferação.

- A instalação das ovitrampas nos ajuda a diagnosticar e monitorar o comportamento dos mosquitos. É importante também para controlarmos a reprodução, evitando a infestação. O material coletado é enviado para um laboratório de entomologia, onde é analisado e identificado - explica Marlon dos Santos, coordenador de Fatores Biológicos da secretaria de Saúde.

Além do Parque Mambucaba, Belém e Monsuaba, breve a monitoração por ovitrampas chegará também à comunidade da Garatucaia, na divisa com Mangaratiba.

No Belém estão sendo instaladas 132 armadilhas, em 66 imóveis. Entre os fatores que levaram à escolha do bairro estão a presença de estabelecimentos de reciclagem e ferro-velho e o hábito da população em armazenar água em tonéis ou galões, além da presença de um cemitério.

Desde o início do ano, as equipes da Coordenação de Fatores Biológicos percorrem todo o município para rastrear os focos de proliferação do mosquito. Além disso estão sendo realizados mais Levantamentos Rápidos do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), do que o recomendado pela secretaria de Estado de Saúde, o que aumenta a confiança dos números alcançados. O objetivo é evitar nova epidemia. Desde 2003, Angra enfrentou cinco surtos de dengue. Em 2013, um dos motivos para a proliferação do mosquito foi o fato de a cidade ter ficado, no final de 2012, com problemas na coleta de lixo, gerando acúmulo de materiais em muitos bairros e aumento da infestação. No atual governo, os problemas de coleta de lixo foram resolvidos e um grande mutirão limpou dezenas de bairros e localidades, eliminando focos do mosquito.