Começa o Exercício do Plano de Emergência
Prefeita Conceição participa da abertura e destaca importância da prevenção
10 de setembro de 2013
Nesta terça-feira, dia 10, foi iniciado o Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, controladas pela Eletronuclear, em Angra dos Reis. O primeiro dia foi marcado por atividades voltadas para a população. O exercício acontece entre os dias 10 e 12 de setembro.
O primeiro dia começou com uma entrevista coletiva para a imprensa na sede da Secretaria Especial de Defesa Civil e Trânsito e contou com a participação de autoridades das três esferas: municipal, estadual e federal.
Para a prefeita Conceição Rabha o diferencial do exercício deste ano é justamente a proximidade da população.
- É fundamental essa integração com os moradores. É importante que todos nós saibamos exatamente como proceder num momento de emergência e levar essa informação à população é tornar o Plano de Emergência mais seguro - frisou a prefeita, que participou da entrevista coletiva e, em seguida, conheceu a exposição montada na Casa Larangeiras.
Na entrevista, foram apresentados os órgãos que compõem o plano e mostrado um vídeo institucional.
O secretário Especial de Defesa Civil e Trânsito, Marco Oliveira, explicou o papel da Defesa Civil no plano.
- Trabalhamos na montagem e gerenciamento dos três abrigos municipais: escolas municipais Nova Pereque (Parque Mambucaba), José Luiz Reseck (Frade) e Tânia Rita (Belém). Funcionários da instituição também irão compor, com as demais instituições que participam do exercício, os Grupos Operacionais de Evacuação de Área, que trabalham na notificação e orientação, resgate, recepção e embarque, controle de viaturas e remoção da população - esclareceu o secretário.
OUTRAS ATRIBUIÇÕES
Além disso, funcionará na Defesa Civil municipal o Centro de Gerenciamento de Emergências, que coordenará as ações das secretarias e autarquias municipais. Ainda durante o simulado, todas as imagens geradas pelo centro de monitoramento da instituição serão transmitidas para os centros de gerenciamento de emergência nuclear estadual e federal, respectivamente, no Rio de Janeiro e em Brasília.
A instituição também faz parte da coordenação do exercício e estará presente o Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear no município de Angra dos Reis (CCCEN) e Centro de Informações de Emergência Nuclear (Cien).
SOBRE A EXPOSIÇÃO
A exposição ficará na Casa Larangeiras até o final do exercício. Nela, a população poderá conhecer como funcionam diversas organizações, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), a Eletronuclear (com o tour virtual), as Industrias Nucleares do Brasil (INB), Exército, Força Aérea Brasileira, Colégio Naval e Ibama, que montou tendas do lado externo.
Também do lado externo da Casa Larangeiras, na praça Zumbi dos Palmares, a Defesa Civil montou uma estrutura para as crianças. A Secretaria de Esporte e Lazer levou brinquedos e jogos para entreter a garotada. A programação será encerrada com a apresentação da Banda do Colégio Naval.
HOSPITAL DO SUS
Também na praça Zumbi dos Palmares estão montadas três tendas, de 48m² cada, para o Hospital da Força Nacional do SUS, que atenderá a população até o dia 12, das 8 às 19h.
No local, existem 27 profissionais, entre médicos, enfermeiros e auxiliares, além de um local para repouso e uma ambulância para transferir o morador para uma unidade de saúde, se necessário. Estão sendo feitos atendimentos básicos de saúde para quem aparecer na tenda.
SOBRE O EXERCÍCIO
Tendo como cenário a simulação de acidentes envolvendo as duas usinas, o exercício permitirá avaliar a eficácia do plano, identificar possíveis pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos. Mesmo baseado em uma situação fictícia, o exercício é uma operação de grandes proporções, que envolve entidades civis e militares e a população da região.
Nos anos ímpares ocorrem os chamados exercícios gerais, que acionam toda a estrutura necessária a uma situação de emergência. Os anos pares são destinados aos exercícios parciais, focados em pontos específicos nos quais se perceba necessidade de maior prática. O Exercício Geral de 2013 será o primeiro realizado em um período de três dias. Na maioria das vezes, desde que a atividade iniciou, em 1996, ela ocorreu em um dia. Em 2011, passou para dois dias, com trabalho ininterrupto, durante a madrugada, das equipes responsáveis pelo atendimento de situações de emergência.
FOCO NA POPULAÇÃO
Outra inovação deste ano que também merece destaque é o aumento de atividades de interesse social, destinadas à melhoria das condições de vida da população. Três hospitais de campanha funcionarão durante os três dias do Exercício Geral. A estrutura do Exército ficará na comunidade Perequê, o hospital da Marinha ficará na localidade do Frade e o da Força Nacional de Saúde será instalado no Centro de Angra dos Reis. Cada uma dessas unidades tem capacidade para realizar 200 atendimentos por dia em diversas especialidades médicas. Além disso, os espaços serão utilizados para palestras com temas sobre saúde em geral e prevenção a doenças.
SIMULAÇÃO
O quadro simulado de acidente em 2013 inclui o risco de liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de 5 km em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, será removida e abrigada em escolas estaduais, municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram convidados e participarão voluntariamente do exercício.
Exército, Marinha e Aeronáutica mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e unidades hospitalares auxiliarão no atendimento à população. Profissionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - ficarão de prontidão para medir a radioatividade na região e monitorar pessoas que possam ter recebido doses de radiação.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República é o responsável pela supervisão do exercício, já que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). A coordenação é do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A organização detalhada das ações do exercício foi realizada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR). O comitê reúne representantes do GSI, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Eletronuclear, CNEN, Defesa Civil (nacional, estadual e municipais de Angra dos Reis e Paraty), Corpo de Bombeiros e Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro.
No Brasil, nunca houve registro de acidentes relevantes em usinas nucleares. Os exercícios do plano de emergência são uma evidência do cuidado extremo que a área nuclear possui em todas as suas ações. As atividades são resultado, justamente, da preocupação de saber o que fazer, com competência e precisão, na remota hipótese de um acidente real.
No período de 1996 a 2011, foram realizados vários exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Eles contaram com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Essa troca de experiências já resultou na revisão de legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do Plano de Emergência.
O primeiro dia começou com uma entrevista coletiva para a imprensa na sede da Secretaria Especial de Defesa Civil e Trânsito e contou com a participação de autoridades das três esferas: municipal, estadual e federal.
Para a prefeita Conceição Rabha o diferencial do exercício deste ano é justamente a proximidade da população.
- É fundamental essa integração com os moradores. É importante que todos nós saibamos exatamente como proceder num momento de emergência e levar essa informação à população é tornar o Plano de Emergência mais seguro - frisou a prefeita, que participou da entrevista coletiva e, em seguida, conheceu a exposição montada na Casa Larangeiras.
Na entrevista, foram apresentados os órgãos que compõem o plano e mostrado um vídeo institucional.
O secretário Especial de Defesa Civil e Trânsito, Marco Oliveira, explicou o papel da Defesa Civil no plano.
- Trabalhamos na montagem e gerenciamento dos três abrigos municipais: escolas municipais Nova Pereque (Parque Mambucaba), José Luiz Reseck (Frade) e Tânia Rita (Belém). Funcionários da instituição também irão compor, com as demais instituições que participam do exercício, os Grupos Operacionais de Evacuação de Área, que trabalham na notificação e orientação, resgate, recepção e embarque, controle de viaturas e remoção da população - esclareceu o secretário.
OUTRAS ATRIBUIÇÕES
Além disso, funcionará na Defesa Civil municipal o Centro de Gerenciamento de Emergências, que coordenará as ações das secretarias e autarquias municipais. Ainda durante o simulado, todas as imagens geradas pelo centro de monitoramento da instituição serão transmitidas para os centros de gerenciamento de emergência nuclear estadual e federal, respectivamente, no Rio de Janeiro e em Brasília.
A instituição também faz parte da coordenação do exercício e estará presente o Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear no município de Angra dos Reis (CCCEN) e Centro de Informações de Emergência Nuclear (Cien).
SOBRE A EXPOSIÇÃO
A exposição ficará na Casa Larangeiras até o final do exercício. Nela, a população poderá conhecer como funcionam diversas organizações, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), a Eletronuclear (com o tour virtual), as Industrias Nucleares do Brasil (INB), Exército, Força Aérea Brasileira, Colégio Naval e Ibama, que montou tendas do lado externo.
Também do lado externo da Casa Larangeiras, na praça Zumbi dos Palmares, a Defesa Civil montou uma estrutura para as crianças. A Secretaria de Esporte e Lazer levou brinquedos e jogos para entreter a garotada. A programação será encerrada com a apresentação da Banda do Colégio Naval.
HOSPITAL DO SUS
Também na praça Zumbi dos Palmares estão montadas três tendas, de 48m² cada, para o Hospital da Força Nacional do SUS, que atenderá a população até o dia 12, das 8 às 19h.
No local, existem 27 profissionais, entre médicos, enfermeiros e auxiliares, além de um local para repouso e uma ambulância para transferir o morador para uma unidade de saúde, se necessário. Estão sendo feitos atendimentos básicos de saúde para quem aparecer na tenda.
SOBRE O EXERCÍCIO
Tendo como cenário a simulação de acidentes envolvendo as duas usinas, o exercício permitirá avaliar a eficácia do plano, identificar possíveis pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos. Mesmo baseado em uma situação fictícia, o exercício é uma operação de grandes proporções, que envolve entidades civis e militares e a população da região.
Nos anos ímpares ocorrem os chamados exercícios gerais, que acionam toda a estrutura necessária a uma situação de emergência. Os anos pares são destinados aos exercícios parciais, focados em pontos específicos nos quais se perceba necessidade de maior prática. O Exercício Geral de 2013 será o primeiro realizado em um período de três dias. Na maioria das vezes, desde que a atividade iniciou, em 1996, ela ocorreu em um dia. Em 2011, passou para dois dias, com trabalho ininterrupto, durante a madrugada, das equipes responsáveis pelo atendimento de situações de emergência.
FOCO NA POPULAÇÃO
Outra inovação deste ano que também merece destaque é o aumento de atividades de interesse social, destinadas à melhoria das condições de vida da população. Três hospitais de campanha funcionarão durante os três dias do Exercício Geral. A estrutura do Exército ficará na comunidade Perequê, o hospital da Marinha ficará na localidade do Frade e o da Força Nacional de Saúde será instalado no Centro de Angra dos Reis. Cada uma dessas unidades tem capacidade para realizar 200 atendimentos por dia em diversas especialidades médicas. Além disso, os espaços serão utilizados para palestras com temas sobre saúde em geral e prevenção a doenças.
SIMULAÇÃO
O quadro simulado de acidente em 2013 inclui o risco de liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de 5 km em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, será removida e abrigada em escolas estaduais, municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram convidados e participarão voluntariamente do exercício.
Exército, Marinha e Aeronáutica mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e unidades hospitalares auxiliarão no atendimento à população. Profissionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - ficarão de prontidão para medir a radioatividade na região e monitorar pessoas que possam ter recebido doses de radiação.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República é o responsável pela supervisão do exercício, já que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). A coordenação é do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A organização detalhada das ações do exercício foi realizada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR). O comitê reúne representantes do GSI, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Eletronuclear, CNEN, Defesa Civil (nacional, estadual e municipais de Angra dos Reis e Paraty), Corpo de Bombeiros e Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro.
No Brasil, nunca houve registro de acidentes relevantes em usinas nucleares. Os exercícios do plano de emergência são uma evidência do cuidado extremo que a área nuclear possui em todas as suas ações. As atividades são resultado, justamente, da preocupação de saber o que fazer, com competência e precisão, na remota hipótese de um acidente real.
No período de 1996 a 2011, foram realizados vários exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Eles contaram com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Essa troca de experiências já resultou na revisão de legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do Plano de Emergência.