Defesa Civil municipal no Plano de Emergência
Instituição atuará em diversas situações de emergência nuclear
09 de setembro de 2013
A Secretaria Especial de Defesa Civil e Trânsito participa, entre os dias 10 e 12 de setembro, do Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, controladas pela Eletronuclear em Angra dos Reis (RJ).
A participação da Defesa Civil municipal será na montagem e gerenciamento dos três abrigos municipais: escolas municipais Nova Pereque (Parque Mambucaba), José Luiz Reseck (Frade) e Tânia Rita (Belém). Funcionários da instituição também irão compor, com as demais instituições que participam do exercício, os Grupos Operacionais de Evacuação de Área, que trabalham na notificação e orientação, resgate, recepção e embarque, controle de viaturas e remoção da população.
Além disso, funcionará na Defesa Civil municipal o Centro de Gerenciamento de Emergências, que coordenará as ações das secretarias e autarquias do municipio. Ainda durante o simulado, todas as imagens geradas pelo centro de monitoramento da instituição serão transmitidas para os centros de gerenciamento de emergência nuclear estadual e federal, respectivamente no Rio de Janeiro e Brasília.
A instituição também faz parte da coordenação do exercício e estará presente Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (CCCEN) e Centro de Informações de Emergência Nuclear (CIEN).
SOBRE O EXERCÍCIO
Tendo como cenário a simulação de acidentes envolvendo as duas usinas, o exercício permitirá avaliar a eficácia do plano, identificar possíveis pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos. Mesmo baseado em uma situação fictícia, o exercício é uma operação de grandes proporções, que envolve entidades civis e militares e a população da região.
Nos anos ímpares ocorrem os chamados exercícios gerais, que acionam toda a estrutura necessária a uma situação de emergência. Os anos pares são destinados aos exercícios parciais, focados em pontos específicos nos quais se perceba necessidade de maior prática. O Exercício Geral de 2013 será o primeiro realizado em um período de três dias. Na maioria das vezes, desde que a atividade iniciou, em 1996, ocorreu em um dia. Em 2011, passou para dois dias, com trabalho ininterrupto, durante a madrugada, das equipes responsáveis pelo atendimento de situações de emergência.
FOCO NA POPULAÇÃO
Outra inovação deste ano que também merece destaque é o aumento de atividades de interesse social, destinadas à melhoria das condições de vida da população. Três hospitais de campanha funcionarão durante os três dias do Exercício Geral. A estrutura do Exército ficará na comunidade Parque Mambucaba; o hospital da Marinha ficará na localidade do Frade e o da Força Nacional de Saúde será instalado no Centro de Angra dos Reis. Cada uma dessas unidades tem capacidade para realizar 200 atendimentos por dia em diversas especialidades médicas. Além disso, os espaços serão utilizados para palestras com temas saúde em geral e prevenção a doenças.
Neste ano, a simulação de acidente também prevê um cenário com dois dias de atividades ininterruptas: 11 e 12 de setembro. O dia 10 será destinado a ações de divulgação do Exercício Geral e esclarecimento da população. No Centro de Angra dos Reis, na Casa Larangeiras e na Praça Zumbi do Palmares, será inaugurada uma exposição sobre energia nuclear e seus usos, que também abordará a estrutura e dinâmica do exercício. Também estarão expostos materiais e atividades das organizações envolvidas no Plano de Emergência. No mesmo dia haverá um atendimento aos veículos de imprensa. Uma entrevista coletiva está marcada para as 9h30, no auditório da Defesa Civil de Angra dos Reis, localizado na avenida Júlio César de Noronha, 271, bairro São Bento, no Centro da cidade.
SIMULAÇÃO
O quadro simulado de acidente em 2013 inclui o risco de liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de cinco quilômetros em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, será removida e abrigada em escolas estaduais e municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram convidados e participarão voluntariamente do exercício.
Exército, Marinha e Aeronáutica mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e unidades hospitalares auxiliarão no atendimento à população. Profissionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - ficarão de prontidão para medir a radioatividade na região e monitorar pessoas que possam ter recebido doses de radiação.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República é o responsável pela supervisão do exercício, já que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). A coordenação é do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A organização detalhada das ações do exercício foi realizada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR). O comitê reúne representantes do GSI, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Eletronuclear, Cnen, Defesa Civil (nacional, estadual e municipais de Angra dos Reis e Paraty), Corpo de Bombeiros e Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro.
No Brasil, nunca houve registro de acidentes relevantes em usinas nucleares. Os exercícios do plano de emergência são uma evidência do cuidado extremo que a área nuclear possui em todas as suas ações. As atividades são resultado, justamente, da preocupação em saber o que fazer, com competência e precisão, na remota hipótese de um acidente real.
No período de 1996 a 2011, foram realizados vários exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Eles contaram com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Essa troca de experiências já resultou na revisão da legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do plano de emergência.
A participação da Defesa Civil municipal será na montagem e gerenciamento dos três abrigos municipais: escolas municipais Nova Pereque (Parque Mambucaba), José Luiz Reseck (Frade) e Tânia Rita (Belém). Funcionários da instituição também irão compor, com as demais instituições que participam do exercício, os Grupos Operacionais de Evacuação de Área, que trabalham na notificação e orientação, resgate, recepção e embarque, controle de viaturas e remoção da população.
Além disso, funcionará na Defesa Civil municipal o Centro de Gerenciamento de Emergências, que coordenará as ações das secretarias e autarquias do municipio. Ainda durante o simulado, todas as imagens geradas pelo centro de monitoramento da instituição serão transmitidas para os centros de gerenciamento de emergência nuclear estadual e federal, respectivamente no Rio de Janeiro e Brasília.
A instituição também faz parte da coordenação do exercício e estará presente Centro de Coordenação e Controle de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (CCCEN) e Centro de Informações de Emergência Nuclear (CIEN).
SOBRE O EXERCÍCIO
Tendo como cenário a simulação de acidentes envolvendo as duas usinas, o exercício permitirá avaliar a eficácia do plano, identificar possíveis pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos. Mesmo baseado em uma situação fictícia, o exercício é uma operação de grandes proporções, que envolve entidades civis e militares e a população da região.
Nos anos ímpares ocorrem os chamados exercícios gerais, que acionam toda a estrutura necessária a uma situação de emergência. Os anos pares são destinados aos exercícios parciais, focados em pontos específicos nos quais se perceba necessidade de maior prática. O Exercício Geral de 2013 será o primeiro realizado em um período de três dias. Na maioria das vezes, desde que a atividade iniciou, em 1996, ocorreu em um dia. Em 2011, passou para dois dias, com trabalho ininterrupto, durante a madrugada, das equipes responsáveis pelo atendimento de situações de emergência.
FOCO NA POPULAÇÃO
Outra inovação deste ano que também merece destaque é o aumento de atividades de interesse social, destinadas à melhoria das condições de vida da população. Três hospitais de campanha funcionarão durante os três dias do Exercício Geral. A estrutura do Exército ficará na comunidade Parque Mambucaba; o hospital da Marinha ficará na localidade do Frade e o da Força Nacional de Saúde será instalado no Centro de Angra dos Reis. Cada uma dessas unidades tem capacidade para realizar 200 atendimentos por dia em diversas especialidades médicas. Além disso, os espaços serão utilizados para palestras com temas saúde em geral e prevenção a doenças.
Neste ano, a simulação de acidente também prevê um cenário com dois dias de atividades ininterruptas: 11 e 12 de setembro. O dia 10 será destinado a ações de divulgação do Exercício Geral e esclarecimento da população. No Centro de Angra dos Reis, na Casa Larangeiras e na Praça Zumbi do Palmares, será inaugurada uma exposição sobre energia nuclear e seus usos, que também abordará a estrutura e dinâmica do exercício. Também estarão expostos materiais e atividades das organizações envolvidas no Plano de Emergência. No mesmo dia haverá um atendimento aos veículos de imprensa. Uma entrevista coletiva está marcada para as 9h30, no auditório da Defesa Civil de Angra dos Reis, localizado na avenida Júlio César de Noronha, 271, bairro São Bento, no Centro da cidade.
SIMULAÇÃO
O quadro simulado de acidente em 2013 inclui o risco de liberação de radiação para o meio ambiente e a decretação de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de cinco quilômetros em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, será removida e abrigada em escolas estaduais e municipais e no Colégio Naval de Angra dos Reis. Eles foram convidados e participarão voluntariamente do exercício.
Exército, Marinha e Aeronáutica mobilizarão aeronaves, embarcações e veículos terrestres. Integrantes da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária organizarão o deslocamento de automóveis e pedestres. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e unidades hospitalares auxiliarão no atendimento à população. Profissionais da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) - unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - ficarão de prontidão para medir a radioatividade na região e monitorar pessoas que possam ter recebido doses de radiação.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República é o responsável pela supervisão do exercício, já que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). A coordenação é do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A organização detalhada das ações do exercício foi realizada pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis (Copren/AR). O comitê reúne representantes do GSI, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Eletronuclear, Cnen, Defesa Civil (nacional, estadual e municipais de Angra dos Reis e Paraty), Corpo de Bombeiros e Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro.
No Brasil, nunca houve registro de acidentes relevantes em usinas nucleares. Os exercícios do plano de emergência são uma evidência do cuidado extremo que a área nuclear possui em todas as suas ações. As atividades são resultado, justamente, da preocupação em saber o que fazer, com competência e precisão, na remota hipótese de um acidente real.
No período de 1996 a 2011, foram realizados vários exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Eles contaram com a participação de peritos e observadores nacionais e estrangeiros, incluindo integrantes da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Essa troca de experiências já resultou na revisão da legislação do setor e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo do plano de emergência.