A Prefeitura de Angra deu um passo importante na qualificação da educação do município e da formação continuada dos professores da rede pública. A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia promoveu na última sexta-feira, dia 2, o primeiro encontro do Fórum de Alfabetização, Leitura e Escrita (Fale) em Angra dos Reis. O encontro, realizado no Iate Clube Aquidabã, foi feito em parceria com a Rede de Formação Docente Narrativas e Experiências (Rede Formad) e reuniu centenas de professores do 1° ao 5° ano da rede municipal de ensino, além de pedagogos e diretores. 

 O Fale é parte de um projeto de ensino, pesquisa e extensão que discute, investiga e implementa políticas e práticas de leitura e escrita. É coordenado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e existe desde 2007. Além de na Unirio, o Fale também é realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O Fale também foi realizado durante um período em Três Rios, voltado para os profissionais de educação daquele município.

 O primeiro encontro do Fale/Angra teve como tema "Alfabetização: discutindo concepções e práticas cotidianas". Os convidados foram a professora Carmen Sanches Sampaio (Escola de Educação/Unirio) e o professor alfabetizador Tiago Ribeiro da Silva (CAP/Iserj).

 – Há anos os professores angrenses participam das atividades do Fale no Rio de Janeiro, por isso pensamos em um fórum de formação aqui em Angra. Isso irá possibilitar aos professores dos primeiros anos do ensino uma reflexão maior sobre as práticas de alfabetização – explica a professora e coordenadora Carmen Sanches.

 De acordo com Carmen, a previsão é que os encontros do Fale/Angra ocorram mensalmente ou a cada dois meses. O número de encontros e o tempo de duração do Fale em Angra dos Reis ainda não estão definidos. A proposta é que os encontros tenham sempre a participação de um docente/pesquisador universitário e um docente que atue em turmas do Ensino Fundamental.

 – Aqui nós queremos construir um diálogo entre universidade e escola de forma diferenciada. Normalmente, em projetos como esse, é comum só o professor universitário falar. Mas no Fale não queremos que o professor universitário venha dizer o que o professor da escola deve fazer. É preciso que ambos troquem suas experiências – disse a coordenadora à plateia.   

 Todos os encontros serão filmados e comporão um acervo que será disponibilizado para trabalhos de formação continuada nas escolas da rede municipal.