Boias do projeto Nado Livre foram depredadas
Atos de vandalismo aconteceram em três pontos da baía da Ilha Grande

Enquanto a mídia nacional exibe reportagens trágicas sobre mortes causadas por jet skis, Angra dos Reis não têm registros de acidentes dessa natureza há muitos anos. Uma das iniciativas mais importantes para garantir o direito de acesso às praias da cidade sem o risco de ser atingido por uma embarcação é o projeto “Nado Livre”. Implantado em 2007 pela prefeitura do município, através de sua Fundação de Turismo (TurisAngra), o projeto hoje está nas dez praias e ilhas mais procuradas pelos banhistas. O “Nado Livre” consiste na delimitação de uma área exclusiva para que as pessoas possam nadar sem ser incomodadas pela passagem de embarcações. Boias de sinalização náutica com a inscrição “Área restrita para banhistas”, ligadas por cabos de polietileno, formam um cordão de isolamento que dá a segurança necessária para quem deseja tomar seu banho de mar sem o medo de ser atingido por uma embarcação. O projeto foi concebido de acordo com os requisitos das Normas da Autoridade Marítima – NORMAN 17 – da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DNH) e segundo as normas técnicas do Centro de Sinalização Náutica e Reparos Almirante Moraes Rego (CAMR). Porém, durante o verão deste ano, alguns pontos onde o projeto foi implementado foram depredados por vândalos, causando risco para os banhistas e prejuízos para a municipalidade. Os cabos que ligam as boias instaladas nas ilhas Botinas e Cataguás, além da praia de Jurubaíba, na Ilha da Gipoia, foram cortados, colocando em risco a vida de quem deseja apenas curtir as belezas naturais da cidade. Esses mesmo pontos já haviam sido recuperados em dezembro do ano passado pela TurisAngra e pela Capitania dos Portos. Outro problema constatado nesse período foi que condutores de embarcações utilizaram as boias do projeto para amarração de suas lanchas, o que também destrói a área delimitada pelo projeto. Assim, para de obter maior conforto, alguns teimam em parar as lanchas perto da areia, colocando a vida dos banhistas em risco. A ação é passível de punição.
#br#População é fundamental na fiscalização do projeto
#br#De acordo com o gerente de Operações da TurisAngra, Adílson Natalino Jordão Filho, as denúncias dos cidadãos são fundamentais para que os atos de depredação sejam evitados. Ele cita os exemplos da Praia Grande e Praia das Gordas, duas das mais frequentadas no continente, onde a população cuida para que não haja vandalismo contra o projeto.
#br#- Quem mora nas proximidades dessas praias está sempre em contato conosco quando há suspeita de depredação das boias e cabos instalados nos locais. Isso facilita nosso trabalho de fiscalização. Já nos pontos destruídos nesse verão, nossa ação é mais difícil, por ficarem longe do continente - disse Adílson.
#br#Qualquer cidadão que presencie um ato dessa natureza deve denunciá-lo às autoridades. O projeto conta com a parceria da Capitania dos Portos, que também auxilia na sua fiscalização. As denúncias podem ser feitas ao Centro de Informações Turísticas, que funciona na Praia do Anil, pelo telefone (24) 3367-7826.