Música e dança animam o Dia da Consciência Negra em Angra

Evento contou ainda com a tradicional lavagem do busto de Zumbi dos Palmares

Segunda-Feira, 20/11/2023 | .

Um evento na Praça Zumbi dos Palmares marcou o Dia da Consciência Negra em Angra dos Reis, nesta segunda-feira, 20 de novembro. Organizado pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e Patrimônio, a festividade contou com a participação de vários movimentos culturais e religiosos.

- Vinte de novembro, feriado estadual, e Angra mais uma vez realiza essa festa bonita que é o Dia da Consciência Negra. Tivemos uma programação cultural voltada ao povo preto e a todos da nossa cidade, celebrando os nossos ancestrais e mantendo vivas as tradições – afirmou o secretário de Cultura e Patrimônio Andrei Lara, destacando ainda que todas as apresentações receberam cachê.

Não faltou o tradicional banho de alfazema no busto de Zumbi dos Palmares, líder quilombola brasileiro, que teve a data de sua morte transformada em um dia de luta e reflexão. A manhã festiva contou ainda com uma apresentação de Xirê Cultural (roda de canto e dança, conforme as tradições de matrizes africanas), projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura.

O público pôde assistir e participar de uma roda de capoeira que contou com representantes de vários grupos da cidade. Em seguida, Cristina Moraes subiu ao palco para uma apresentação em Iorubá.

O tradicional grupo de jongo Bindito Cruz, da Vila Histórica de Mambucaba, liderado pelo sr. Candongo, também marcou presença no evento. Ao fim de sua apresentação, o secretário de Cultura firmou o compromisso da cidade de Angra dos Reis realizar, no próximo ano, um encontro estadual com grupos de jongo que mantenham viva essa dança de roda de origem africana.

Seguindo com a programação, Etiópia e Marisco, por meio do projeto Tambores de Angra, animou o público e colocou todo mundo para dançar. A celebração chegou ao fim com uma roda de samba comandada pelo grupo de pagode Nosso Som.

– Independente de religião e de cultura, agradecemos a quem veio e, principalmente, à Prefeitura por estar dando essa importância não só ao nosso trabalho cultural, mas a nossa vida. Isso é ancestralidade – destacou Mãe Sandra, que se apresentou no Xirê Cultural