Muito feliz , rodeada por filhos, netos, bisnetos e muitos amigos, a angrense Maria Enedina Galindo, 90 anos muito bem vividos, era só alegria durante a manhã do dia 11 de janeiro, em frente à Igreja da Matriz, quando a Prefeitura a homenageava através do Projeto “Angra Salva Sua Memória.
A Prefeitura, através da Fundação de Cultura, expôs fotos da família, tornando pública sua história de vida e importantes ações sociais e religiosas, desenvolvidas Enedina como Juíza de Paz, junto ao Apostolado da Oração e do Grupo de Voluntárias ( uma organização de assistência social da cidade) que hoje se denomina ORAR .
Dona Enedina, como é mais conhecida,nasceu em Angra no dia 2 de junho de 1917, filha de Eduardo Galindo e Regina Peixoto Galindo. É hoje a franciscana mais antiga da Ordem Terceira, ingressando aos 12 anos, seguindo o exempo de seus pais que foram importantes benfeitores da Ordem Terceira. Teve somente um irmão, Eduardo Galindo Filho, que lhe deu sete sobrinhos.
Enedina formou-se Contadora e casou-se com Carmélio Moura em 1937 com quem teve dois filhos, Célia e Ivan. Hoje tem seis netos, Gilda, Luís, José Carlos, Carmélio, Renato e Ivan; e três bisnetos, Laís, Octávio e Virgínia.
Percorrendo a praça, contando histórias e abraçando a todos, Enedina agradeceu a homenagem feita pela Prefeitura dizendo que se sentia muito feliz por ser lembrada e estar aos 90 anos em praça pública com saúde sendo homenageada por familiares e diversos amigos.
Quando falava para os presentes, se emocionou ao receber a ligação do neto Carmélio Dias parabenizando-a pela homenagem. Carmelinho, como é conhecido na cidade, é jornalista e está trabalhando no Rio de Janeiro e em Brasília.
Todos presentes, inclusive o Ex-Prefeito de Angra, João Luiz Gibrail Rocha e o Presidente da Fundação de Cultura de Angra, Mário Luiz dos Anjos, fizeram questão de homenageá-la lembrando ao público sua importância na história da cidade, principalmente por ter sido, durante mais de 25 anos, uma fiel guardiã da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, pois era presidente e tesoureira da ordem religiosa Apostolado da Oração. Graças ao zelo de Dona Enedina a Igreja Matriz conta até os dias de hoje com um rico acervo religioso composto por coroas, pratarias, castiçais e lampadários. Segundo ela, em 1984, quando soube que estavam roubando imagens e relíquias sacras na cidade, retirou diversas peças da igreja e as guardou em segurança no Convento do Carmo.
Diversas fotos da família e eventos religiosos de Angra foram expostos na Praça da Matriz e puderam, junto com a felicidade e vivacidade de Dona Enedina, marcar mais uma importante página da história de Angra dos Reis.