A comunidade do Monte Castelo está determinada a implementar os projetos determinados no Plano de Ação, confeccionado pelos próprios moradores, fortalecida pelo Programa Comunidades de Angra. Após as dez reuniões, etapas da fase de planejamento do programa, o Comitê Comunitário, formado a partir de uma eleição de pessoas que participaram dos encontros semanais promovidos na Escola Municipal Adelaide Figueira, esteve reunido na semana passada com representantes da Secretaria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação. Eles querem levar de volta ao bairro o projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A campanha para atrair o público alvo do projeto começa nesta quarta-feira, 21, durante o cadastramento das famílias no Programa Meu Filho na Escola. O objetivo é buscar uma demanda para que se justifique a implantação do curso noturno no bairro.
- O EJA já foi implantado no Monte Castelo, mas não havia um número suficiente de alunos para dar continuidade ao curso. Precisamos de uma mobilização maior na comunidade para que as pessoas possam se beneficiar dessas ações projetadas pela Prefeitura e apoiada pelo Comitê Comunitário, - disse a gerente de Educação Comunitária, Elizabeth Lopes.
Os representantes do Comitê, pela Juventude, Paulo César Secundino Silva e Antônio Marcos Souza Pacheco, pela Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Rita de Cássia Salvador Maia e da Associação de Moradores e Amigos do Monte Castelo, a vice-presidente, Adriana Lima, estiveram na reunião. Pedro França e Pedro César da Silva representaram o Programa Comunidades de Angra no encontro.
Ainda ficou decidido por sugestão da moradora do bairro Rita de Cássia que ela e outros membros do comitê bateriam de porta em porta para cooptar pessoas para se inscreveram no curso que tem a previsão de se iniciar com o ano letivo de 2008. A gerente da secretaria Elizabeth Lopes marcou um encontro com a coordenadora do EJA para capacitar o grupo que orientará os interessados a preencher os formulários de inscrição no curso regular noturno.
-Nós sabemos das dificuldades que é freqüentar aulas à noite, principalmente depois de um dia árduo no trabalho. Mas saber ler e escrever é fundamental para a formação e cidadania das pessoas, - lembra a gerente.
Para o dia 29, quinta-feira, já foi agendada outra mobilização. Acontecerá durante a Ação Comunitária promovida pela secretaria na Escola Maria Professora Adelaide Figueira, das 12h30 às 17h. Neste dia acontece um encontro entre pais, alunos e professores da escola.
-Vamos nos esforçar para buscar esse público para o curso. A gente vai trabalhar com acompanhamento dos alunos. Se eles faltarem, iremos até suas casas para sabermos o motivo, - antecipou Rita de Cássia, do Comitê Comunitário.