A Prefeitura de Angra, através da Secretaria de Saúde, está desenvolvendo um projeto para oferecer gratuitamente castração de animais peridomiciliares, ou seja, que têm casa, mas o dono permite que passem algum tempo na rua.
A subsecretária de Saúde Coletiva, Catarina Nascimento, é a responsável pelo projeto, que visa reduzir o número de cães e gatos nas ruas do município. Para a realização da castração, a Prefeitura contratar uma clínica veterinária que fará o serviço.
O cadastramento dos animais será feito através de uma parceria com as associações de moradores, obedecendo a uma fila por ordem de inscrição. A expectativa é que, após os trâmites legais para a contratação da clínica, o projeto seja posto em prática em março de 2007.
Canil público municipal
Vale ressaltar que a castração será apenas para cães e gatos que têm dono. Para os animais de rua, a Prefeitura de Angra trabalha ainda no desenvolvimento de um projeto para a criação de um canil público municipal. Já existe uma área em estudo, mas a definição passa por um estudo sobre os impactos na localidade e reuniões com os moradores para a conscientização da importância de um lugar como este.
Este projeto para um canil público municipal prevê, inclusive, uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz para serviços gratuitos como castração, vacinação durante todo ano e diagnóstico de zoonoses. Também está em análise na Secretaria de Saúde um projeto que atualiza a Lei Municipal 061 de 1990 para que donos de animais encontrados nas ruas sejam passíveis de multa, entre outras sanções.
Conscientização é fundamental
A Secretaria de Saúde também trabalha na conscientização para acabar com cães e gatos nas ruas do município. O objetivo é informar sobre os problemas que animais criados nas ruas podem causar. É importante saber que os animais peridomiciliares estão mais vulneráveis às zoonoses, doenças transmitidas de animais aos seres humanos. A pior delas é a raiva que não tem cura e pode matar.
Pelo bem da saúde coletiva é necessário que as pessoas cuidem bem dos seus animais e não os deixe sair sozinhos às ruas, pois eles podem levar doenças para casa. Nas ruas os animais também podem sofrer maus tratos e até serem atropelados. Além disso, a Secretaria de Saúde recebe muitas reclamações de ataque de cães, que na maioria das vezes têm dono. Animais ferozes e de grande porte, por exemplo, só devem sair, mesmo com seus donos, na coleira e de focinheira.