Após oito meses desde a sua implantação, o projeto de ordenamento dos vendedores de peixe no cais dos pescadores, recebeu uma avaliação positiva tanto dos que comercializam o produto, como também dos consumidores. Um antigo problema que afetava o cais, os vendedores informais de pescado, foi resolvido pela Prefeitura, através de uma parceria da Secretaria de Pesca e da Secretaria de Comércio, Construção Naval, Porto e Energia.
Os descarregadores de peixe das embarcações, que comercializavam a bandeja de peixe que ganham como pagamento pelo trabalho em tabuleiros plásticos expostos no chão, sem organização e sem higiene, desde julho de 2006, ganharam infra-estrutura e vendem seus produtos em bancadas de aço.
Cada um deles, 16 vendedores (oito titulares e oito substitutos) foi cadastrado pelo programa de ordenamento do Município, “Angra Legal”. A Secretaria de Pesca doou as oito bancadas, em aço inox desmontável, e um guarda sol. A Secretaria de Comércio, Construção Naval, Porto e Energia, realizou o cadastramento de cada um deles, e os uniformizou com crachá, jaleco, avental e boné.
- Não tem comparação com a forma que vendíamos peixe. Hoje tudo está mais organizado e com mais higiene. As vendas aumentaram muito do ano passado pra cá, porque não tem mais bagunça e sujeira, - disse O vendedor Antônio Cláudio de Miranda, que trabalha há cerca de dez anos nesta atividade.
A qualidade na prestação de serviço incrementou as vendas, e com isso os vendedores titulares tiveram que contratar pessoal para ajudar.
- Este também foi um ganho social. Mais três pessoas trabalham comigo. A Prefeitura nos deu a oportunidade de melhorar as nossas vendas em mais de 90% e ainda gerar empregos. Estou neste ramo há 25 anos, e sinto agora as coisas melhorarem, - comemorou Jorge Luiz dos Santos.
A proposta também foi aprovada pelos consumidores de pescado que vão ao cais em busca de produtos frescos e com preços mais em conta.
- Eu sempre que estou em Angra venho comprar peixe, lula, camarão e outros produtos aqui no cais. Somos bem atendidos e a gente percebe que existe mais limpeza, o que nos garante mais qualidade do produto que levamos para casa, - falou a veranista Rita da Conceição Pederneiras que tem casa em Angra há 15 anos.