Passar conhecimento sobre a história do patrimônio de Angra dos Reis, apresentar à população cada detalhe artístico, seu sincretismo e riqueza secular, é o objetivo do projeto cultural implantado pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura, Esportes e Eventos. É o Projeto Ação Verão nos Patrimônios, que foi iniciado no mês passado.
Depois da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Angra, da Igreja de Santa Luzia e do Convento São Bernardino de Sena, o projeto chegou à Igreja de Freguesia de Santana, na Ilha Grande.
O projeto tem levado as pessoa para saber um pouco da história da santa mãe de Maria e excelsa Padroeira da Ilha Grande, através da exposição sob o título de “Objetos de Culto da Igreja Santana da Ilha Grande”. Nos finais de semana de 13 e 14, 20 e 21 de janeiro, várias pessoas puderam aproveitar o programa gratuito e cultural. Quem ainda quiser participar, haverá programação nos dias 27 e 28 de janeiro. Em fevereiro, 3 e 4, 10 e 11, além do Carnaval, dias 17, 18, 19 e 20. Para agendar a visita de barco nos dias acima citados, ligue 3369-7589. A exposição possui rara coleção de arte sacra, testemunhos da existência da Igreja Católica, enquanto coordenadora social, responsável pela arte brasileira no Brasil e na Ilha Grande.
A Igreja de Freguesia da Santana tem um significado especial religioso e cultural para a Ilha Grande. Foi construída em 1796, na Ponta de Maria Ubalda, pelo Major Bento José da Costa. Anos mais tarde quando a comunidade reivindicou uma igreja matriz para a Ilha Grande na Praia de Matariz, o Major conseguiu impor seu poder na localidade. O pedido do ilustre morador, em 8 de janeiro de 1803 o bispo Dom José Joaquim Mascarenhas Castelo Branco criou a Igreja Matriz de Freguesia de Santana da Ilha Grande. A primeira igreja ruiu e foi reconstruída em 1843 pelo então governo da província fluminense. Atualmente, quem se aproxima da comunidade de Freguesia de Santana avista numa elevação de cerca de 30 metros acima do mar a cúpula da torre central da velha matriz onde até hoje são celebradas missas.
O objetivo do projeto é levar aos moradores e turistas informações sobre os prédios, altares e imagens de igrejas do município. O diferencial desta ação é que ela interage com o público, o que leva a questionamentos sobre a origem histórica das personagens, objetos e arquiteturas.
- É através do conhecimento que preservamos a nossa história. O projeto, em síntese, é isso. Passar informações para que a população entenda a história de uma cidade rica em cultura, arquitetura, imagens, móveis entre outras infinidades de materiais que guarneciam os templos, - disse o coordenador de Patrimônio Artístico e Cultural, Alonso dos Santos.
O restaurador Gilson Andrade e a professora Ana Maris Figueiredo também estão participando do projeto, que a cada quinta-feira é realizado em uma igreja.