A Igreja de Nossa Senhora do Carmo foi o segundo patrimônio histórico de Angra dos Reis a ter a sua história secular revelada aos participantes do Projeto Ação Verão nos Patrimônios, promovidos pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura, Esportes e Eventos. O objetivo do projeto é levar aos angrenses e turistas informações sobre os prédios, altares e imagens de igrejas do Município. O diferencial desta ação é que ela interage com o público, o que leva a questionamentos sobre a origem histórica das personagens, objetos e arquiteturas.
Na quinta-feira, 4, a equipe da secretaria, sob a supervisão do coordenador de Patrimônio Artístico e Cultural, Alonso dos Santos, recebeu turistas e angrenses na igreja datada de 1623. Alonso e o restaurador de patrimônio, Gilson Andrade desnudaram a história da Ordem Terceira do Carmo. A Ordem do Carmo, que tem como inspirador o Profeta Elias, tem sua origem no Monte Carmelo, na Palestina.
Conta a história que no Brasil, ainda no século do descobrimento, os Carmelitas se estabeleceram em Olinda, Recife. A segunda casa foi implantada em Salvador, Bahia, seguida por outra em Santos, São Paulo e em 1590, fundaram o Convento do Rio de Janeiro. Em Angra dos Reis os carmelitas se estabeleceram em 1593. Eles fundaram o Convento de Nossa Senhora do Carmo da Ilha Grande. Trinta anos depois estava concluída a obra da atual igreja, que tem ao lado a Capela Irmãos da Ordem Terceira, e o Convento do Carmo. No Altar –Mor da igreja, em seu trono, dentro de um nicho envidraçado, está a rica imagem da matriarca Nossa Senhora do Monte do Carmo.