Inaugurado no final do mês passado, o Chafariz da Saudade, além de fazer parte da história da cidade ainda serve à população de Angra dos Reis. Qualquer pessoa pode beber sua água potável. Para isso, basta acionar um dos quatro pedais do sistema mecânico que libera a água em suas fontes. O Chafariz da Saudade ficou por muitos anos na Praça Duque de Caxias, em frente ao Mercado de Peixe (Redondo), mas por iniciativa do governo Fernando Jordão voltou ao seu local de origem, a Praça Codrato de Vilhena, que foi toda reformada para recebê-lo.
Foram colocadas pedras portuguesas nos pisos, seguindo o padrão dos demais lugares que já foram revitalizados. Tais obras estão dentro do Projeto de Revitalização do Centro da Cidade. O Chafariz, um mobiliário urbano de dois séculos que estava desativado e esquecido, foi restaurado com todo rigor por profissionais especializados, Luiz Alcides Morisso Fiorin e seu assistente André de Oliveira, que têm em seu currículo, entre outros trabalhos, a restauração do Passeio Público no Rio de Janeiro, em 2004. O trabalho recebeu a autorização do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC).
O Chafariz da Saudade foi erguido pela Câmara Municipal para perpetuar a visita de Dom Pedro II a Angra dos Reis em 5 de dezembro de 1863. Em 1871 estava concluído e instalado no Largo do Cruzeiro (hoje a Praça Codrato de Vilhena). Quando a praça foi calçada o Chafariz foi desmontado e colocado no final da Rua Doutor Moacir de Paula Lobo (antiga Rua das Palmeiras). Em 1982 quando já estava em frente ao Mercado Redondo (Mercado do Peixe) depredado e em ruínas, foi tombado provisoriamente. Em 1988 foi tombado definitivamente e hoje retornou ao seu local de origem reintegrando o contexto urbano e resgatando sua identidade.