Durante a quarta-feira, dia 19, no Centro de Estudos Ambientais (CEA), representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo da Prefeitura de Angra dos Reis, junto com entidades ambientais, associação de moradores e de produtores da Banqueta e instituições diversas, participaram da 1ª Oficina de discussão e apresentação de propostas para a implantação da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Japuíba – APA da Banqueta.
Os participantes da oficina intitulado “Grupo Pró Apa da Banqueta, no final do dia fecharam a reunião com importantes propostas para iniciar de fato os trabalhos e assegurar a preservação da área que tem 2.300 hectares, 22 quilômetros de perímetro, relevo muito acidentado, 90% de cobertura vegetal, uma população que vem crescendo dia a dia e grande riqueza hídrica ( no local se encontram dois rios que abastecem 50% da população da cidade , o Rio Japuíba e o Cabo Severino).
A proposta da criação da Apa da Banqueta foi feita pela Prefeitura de Angra dos Reis, através da Gerência de Estudos e Pesquisas Ambientais da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo com o objetivo de controlar e ordenar o crescimento urbano preservando as riquezas naturais da região, já que a região vem sofrendo ações de ocupação humana desordenada com construções de casas em área de preservação, na beira de rios, em áreas de risco e sem saneamento. A proposta foi enviada para a Câmara Municipal, no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, através de um Projeto de Lei que está sendo apreciado pelos Vereadores.
A reunião sobre a Apa foi coordenada pelos funcionários da Gerência de Estudos e Pesquisas Ambientais, Rita de Cássia Svorc, Thiago Barbosa e Elka Domingues. Também marcaram presenças representantes da Associação de Moradores da Banqueta, Ibama, Cedae, Associação de Produtores da Banqueta, Batalhão Florestal, SAAE, SAPÊ, Turisangra e o Secretário de Agricultura de Angra, José Maria Novaes.
Os representantes da Prefeitura explicaram o projeto da Apa da Banqueta e apresentaram os mapas contendo dados de altitude, solo, cobertura florestal e hidrografia e detalharam todo o projeto.
Os participantes avaliaram os pontos positivos e negativos da implantação da unidade de conservação ambiental e fizeram importantes propostas como iniciar rapidamente diversas ações independentes da aprovação APA , como a intensificação de fiscalização no local, reuniões com as comunidades envolvidas para exzplicar melhor sobre o que é uma APA, realizar mutirões ambientais, envolver mais os poderes executivo, legislativo e judiciário com a questão de proteção do local, estudar um plano de manejo para saber exatamente o que a unidade de conservação poderá comportar, como será o seu zoneamento, enfim estabelecer as diretrizes para que a região se transforme efetivamente em uma APA. Decidiram também marcar para breve uma nova reunião do grupo, desta vez com os moradores da Banqueta.