Liberada a venda de moluscos

Laudo do Ministério da Agricultura não encontrou qualquer anomalia nos produtos das fazendas marinha.

Quarta-Feira, 11/07/2007 | .

A comercialização e o consumo dos moluscos produzidos nas Fazendas Marinhas de Angra dos Reis que estavam proibidos desde o início do mês de junho estão liberados. A informação é do Secretário Municipal de Pesca, Humberto Martins, que informou que os laudos do Ministério da Agricultura, através do seu Departamento de Saúde Animal,  não encontraram qualquer anomalia nos produtos. Coquiles, mexilhões e ostras estão de acordo com as normas de saúde pública e podem ser consumidos sem qualquer risco.
No início de maio os maricultores verificaram que seus produtos estavam com um aspecto diferente daquele normalmente apresentado. Imediatamente, foi enviada para a UFRJ para a UFFRJ uma amostra dos moluscos e desde então sua comercialização e consumo estavam proibidos através de Decreto do prefeito Fernando Jordão e de uma Portaria da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca. Vale lembrar, no entanto, que mesmo antes do Decreto e da Portaria os próprios maricultores, através da Associação dos Maricultores da Baía da Ilha Grande (AMBIG), já haviam suspendido a comercialização assim que suspeitaram de algum problema.
Humberto Martins, explicou que a anomalia foi passageira, provocada provavelmente por uma condição específica e tanto a portaria como o decreto foram revogados. Para que o problema não volte a acontecer  a Comissão Municipal do Desenvolvimento da Maricultura, cuja criação   foi proposta pelo prefeito Fernando Jordão, vai monitorar regularmente a produção de moluscos em Angra dos Reis.
- Uma vez solucionada essa crise vamos pensar no futuro. Instituir o monitoramento periódico da produção com a criação de um selo de qualidade para agregar valores a nossa produção, - explicou Fernando Jordão.
O monitoramento será feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que já foi contratada pela Prefeitura. Fazem parte da Comissão entre outros órgãos: a Associação dos Maricultores da Baía da Ilha Grande (AMBIG), a Rio Maricultura, a PROPESCAR, o Sindicato dos Produtores de Pesca da Baía da Ilha Grande e o IEDI-BIG, que produz as sementes de moluscos para as fazendas marinhas do Município.
Hoje, das 38 existentes, 25 fazendas marinhas estão produzindo. A produção anual gira em torno de 15 mil dúzias de coquiles, três mil dúzias de ostras e dez toneladas de mexilhão, que são comercializadas em restaurantes, hotéis e pela população em geral. Atualmente, há cerca de cinco milhões de moluscos em desenvolvimento nessas fazendas.

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