A Prefeitura de Angra dos Reis está desenvolvendo uma campanha intensiva de educação para que a população passe a colaborar cada vez mais com o município no combate à proliferação do mosquito transmissor da Dengue, o Aedes aegypti.
Além da campanha educativa, a Prefeitura está nas ruas combatendo os focos diariamente e desenvolvendo ações de vigilância constantes como a realização de um levantamento do perfil dos moradores de cada distrito visando combater com mais eficiência a Dengue.
Cerca de 50% das moradias e seus arredores já foram visitados pelos agentes de combate e controle da Dengue. Os trabalhos continuam em andamento em diversos bairros.
A campanha de conscientização e combate é coordenada pela Secretaria de Saúde do Município, através da Subsecretaria de Saúde Coletiva . O Secretário de Saúde, Amílcar Caldellas explica que a colaboração da população é essencial principalmente para ajudar a combater os focos existentes nas casas de veraneio que ficam fechadas.
Segundo ele, os vizinhos dessas casas devem orientar os proprietários para que agendem uma visita dos agentes de saúde ao local para averiguar se existem focos e tratá-los.
__ Estamos com uma equipe de cerca de 80 pessoas trabalhando na campanha, em todos os distritos do município, inclusive aos sábados, domingos e feriados. E estamos estudando a possibilidade de fazer vistorias no período noturno. Quem mora perto de casas de veraneio pode solicitar ao proprietário para que ele agende uma visita do agente de saúde no domicílio. O telefone para agendamento é o do setor de vigilância (24) 3377-7808, - informa Amílcar.
A Subsecretária de Saúde Coletiva, Catarina salgueira do Nascimento, avisa que o mesmo vale para as donas de casas que às vezes estão muito ocupadas e não podem atender o agente de saúde quando ele bate a sua porta para fazer a visita domiciliar.
_ O correto é atender o agente de saúde quando ele chega nas moradias por que ele está zelando pela saúde de todos da comunidade, porque se existir um foco dentro de um quintal ou de uma casa, não só a família que lá reside estará correndo riscos, mas seus vizinhos também. Mas se por acaso, a dona de casa não puder atendê-lo, deve solicitar que ele volte em outra hora para fazer a visita, que ele retornará sem nenhum problema. Esta é a recomendação que todas as equipes estão recebendo -, afirma a Subsecretária.
Ela explica que um total de 36,03% de domicílios que não sejam visitados já significa grande risco para a população.
A Dengue hoje não é uma doença de estação, como antigamente, quando os casos aconteciam sempre no período de outubro a abril. Com as mudanças climáticas ela está em latência, acontecendo em todas as estações do ano. Por isso é importante que e a população não despreze a vigilância constante. Um dos exemplos claros disto é o que está ocorrendo principalmente na cidade do Rio de Janeiro que está apresentando um número considerável de casos de Dengue, de janeiro a junho deste ano. Em Angra, como em diversas outras cidades do país, o quadro não é muito diferente. Alguns casos continuam a surgir “picotados” pelo município, neste período do ano.
Levantando dados para combater com mais eficiência
Com os dados recolhidos no levantamento do perfil dos moradores, a Secretaria de Saúde hoje já pode combater melhor os focos nos distritos porque, conhece que tipos de materiais (pneus, latas, vasos de plantas, garrafas, plásticos e caixas dáguas) se encontram acumulados em maior número em cada localidade.
Os dados mostram que no 1º Distrito , os vasos de plantas e caixas dágua, são os principais criadouros do mosquito e devem receber mais atenção no combate. No 2º Distrito, o grande acúmulo é de garrafas, latas e plásticos. No 3º Distrito, são os vasos de plantas. No 4º Distrito, são os restos de materiais de construção. E no 5º Distrito, pneus, garrafas, tambores e caixa d’águas.
Veja no quadro abaixo quais os materiais que precisam ser banidos de seus distritos para diminuir a incidência de criadouros do mosquito Aedes aegypti e conseqüentemente com os casos de Dengue em Angra. Colabore!
I Distrito
Balneário- vasos de plantas e outros
Bonfim- vasos de plantas
Centro e São Bento – vasos de plantas
Colégio Naval- garrafas e latas
Santo Antônio- caixa dágua
Sapinhatuba I - vasos de plantas e caixas d’águas
Sapinhatuba III- cacimba e outros
Monte Castelo- outros
Marinas- vasos de plantas, garrafas, plásticos e outros
Parque das Palmeiras- vasos de plantas e outros
II Distrito
Pontal- pneus
Areal- garrafas, latas e plásticos
Banqueta- garrafas, latas e plásticos
Belém- garrafas, latas e plásticos
Campo Belo- garrafas, latas e plásticos
Japuíba- garrafas, latas e plásticos
Nova Angra- garrafas, latas e plásticos
Ribeira- tambor, tina, tanque e barril
Vila Nova e Encruzo da Enseada- caixa d’água
III Distrito
Jacuecanga- vasos de plantas
IV Distrito
Frade- caixa dágua
Brachuy- garrafas, latas e plásticos
Sertão do Ariró- material de construção, garrafas e plásticos
V Distrito
Abraão- garrafas, plásticos e latas
Dois Rios- material de construção