A Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra) e a Associação de Turismo Subaquático da Costa Verde (ATSCV) realizaram na manhã de sábado, dia 23, um evento comemorativo dos 40 anos do naufrágio do navio Pingüino, na Enseada do Sítio Forte, Ilha Grande.
O naufrágio ocorreu em 26 de junho de 1967. Atualmente, o local é um dos pontos preferidos para a prática do mergulho. Em comemoração à data, mergulhadores fizeram fotos subaquáticas e um abraço simbólico no Pingüino foi feito na área em torno da embarcação. Um coquetel, oferecido pela TurisAngra, a bordo da escuna Aquamaster ll, encerrou as comemorações dos 40 anos do naufrágio do Pingüino.
Na noite de 23 de junho de 1967, navegando a 80 milhas da costa, com destino a Buenos Aires, um incêndio causado por um curto circuito na casa de máquinas, obrigou o navio a seguir para Angra. Na manhã do dia 24, o fogo se alastrou devido à carga de cera de carnaúba e tomou proporções alarmantes. O navio encontrava-se a 800 metros do cais, por trás da Ilha do Colombo. Sendo inúteis as tentativas de apagar as chamas, ele foi levado até a Enseada do Sítio Forte na Ilha Grande.
O incêndio durou 32 horas. Os tripulantes foram resgatados pelo navio Monte Castelo com apoio do rebocador Tritão e de lanchas da Escola de Naval. O afundamento ocorreu no dia 26, após flutuar dois dias com inclinação a 40 graus. O Pingüino é um dos pontos de mergulho mais visitados do Brasil, não só pela facilidade de acesso como por suas águas tranqüilas e pelo conjunto dos destroços que agradam tanto o mergulhador iniciante, que deve permanecer por fora, como o mergulhador de naufrágio que gosta de esmiuçar suas entranhas.