Na noite da grande final do XI Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande, sábado, dia 23, na Vila do Abraão, a euforia era total. Muita torcida e cada um com sua preferida. As 12 finalistas se apresentaram para um grande e entusiasmado público. A cada apresentação mais expectativa.
Finalistas
1. Meu Maracatu - Edinho Queiros - Tema Livre - Rio de Janeiro/RJ
2. A Lenda do Sal do Mar - Zé Alexandre - Tema Livre - Rio de Janeiro/RJ
3. Meias Partes - Irinéa Maria Ribeiro e Sueli Correa - Tema Livre - Rio de Janeiro/RJ
4. 1, 2, e... - Dimi Zumquê e Josias Damasceno - Tema Livre - Ribeirão Preto/SP
5. Trinca de Noel - Márcio Proença - Tema Livre - Niterói/RJ
6. Amazônia - Eliseo Neto - Tema Ecológico - Rio de Janeiro/RJ
7. Anunciação - Fabrício dos Anjos - Tema Livre - Belém/PA
8. Questão de Opção - Gilton Della Cella e Horácio Barros Reis - Livre - Salvador/BA
9. Não Vou - Igor Pimenta e Pedro Viáfora - Tema Livre - São Paulo/SP
10. Mira - Rodrigo Londero e Gustavo Dall’Acqua - Tema Livre - São Paulo/SP
11. Blues Metalúrgico - Luiz Augusto Rodrigues - Tema Livre - Angra dos Reis/RJ
12. Dançando com os Leões - Zebeto Corrêa - Tema Livre - Belo Horizonte/MG
Zeca Baleiro
Porém, antes do resultado, Zeca Baleiro levou o público ao delírio com suas músicas. Com cinco discos de ouro (“Por Onde andará Stephen Fry?”, “Vô Imbolá”, “Líricas”, “Perfil”, “Raimundo Fagner e Zeca Baleiro”), três prêmios “Sharp” em 98 (categoria pop-rock: melhor música, melhor disco e revelação), duas indicações para o Grammy Latino (“Melhor Álbum Pop”/2000, “Melhor Álbum Pop Contemporâneo”/2003), e “Melhor Cantor” pela APCA (98 e 2003), em dez anos, Zeca Baleiro fez cerca de 850 shows, somando um público de mais de 1 milhão de pessoas e vendas superiores a 700 mil cds. Compositor talentoso, de personalidade, vozeirão sensual, humor e verve afiados, com poesia original e uma maneira peculiar de tocar o violão, o artista encanta as platéias onde quer que se apresente, conquistando público de todas as idades. Com vocação para agregar gente de todas as tribos e gerações, o cantor iniciou em 2004 um projeto que foi retomado no final de 2006, o “Baile do Baleiro”, onde assume integralmente o papel de aglutinador, fazendo a ponte entre tradição e modernidade. A idéia é promover encontros memoráveis, resgatar ídolos de outras gerações e espelhar a multifacetada produção cultural do país. Ainda em 2007, o artista lança uma coletânea de participações que fez em discos de outros artistas (LADO Z), prepara disco novo para o segundo semestre e leva o Baile do Baleiro a várias capitais.
Vencedoras
O resultado foi anunciado após o show de Zeca Baleiro pelo Secretário de Cultura, Esportes e Eventos, Marcus Veníssius Barbosa, sob muita expectativa.
1º lugar - R$ 10 mil
Meu Maracatu - Edinho Queiros - Tema Livre - Rio de Janeiro/RJ
2º lugar - R$ 7 mil
1, 2, e... - Dimi Zumquê e Josias Damasceno - Tema Livre - Ribeirão Preto/SP
3º lugar - R$ 5 mil
Mira - Rodrigo Londero e Gustavo Dall’Acqua - Tema Livre - São Paulo/SP
4º lugar - R$ 3 mil
Trinca de Noel - Márcio Proença - Tema Livre - Niterói/RJ
5º lugar - R$ 2 mil
Dançando com os Leões - Zebeto Corrêa - Livre - Belo Horizonte/MG
Prêmio Maestro Galloway - R$ 7 mil
Blues Metalúrgico - Luiz Augusto Rodrigues - Tema Livre - Angra dos Reis/RJ
Tema Ecologia - R$ 7 mil
Zeca Angrense - Antonio Carlos de Souza Soares - Tema Ecológico - Angra dos Reis/RJ
Melhor Arranjo - R$ 3 mil
Meu Maracatu - Edinho Queiros - Tema Livre - Rio de Janeiro/RJ
Melhor Intérprete - R$ 3 mil
1, 2, e... - Dimi Zumquê e Josias Damasceno - Tema Livre - Ribeirão Preto/SP
Aclamação Popular - R$ 3 mil
Blues Metalúrgico - Luiz Augusto Rodrigues - Tema Livre - Angra dos Reis/RJ
No total, R$ 62 mil em prêmios
Além disso, pela participação no evento, cada uma das 12 músicas classificadas para a final recebeu R$ 1 mil. Vale ressaltar que no Tema Ecologia, a música vencedora não estava entre as 12 finalistas. Mas conforme o regulamento, para ganhar neste tema não era necessário estar na final e sim cumprir com o critério de falar sobre a ecologia local. No total foram R$ 62 mil em prêmios neste XI Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande.
A qualidade musical das composições e a dificuldade que o júri tem em escolher as vencedoras já não é novidade no Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande. Em sua décima primeira edição, o evento está consolidado em qualidade técnica, organização e público. A estrutura do evento realizado pela Prefeitura de Angra, através da Secretaria de Cultura, Esportes e Eventos, não deixa a desejar. Além do palco com equipamento de som profissional, há tenda para abrigar o público, praça de alimentação com opções diversificadas de bebidas e comidas, decoração alegre, banheiros químicos, segurança garantida pelas Polícias Civil e Militar e apoio do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Municipal de Defesa Civil.
Meio Ambiente
Além das apresentações musicais próprias do festival, promovido pela Secretaria de Cultura, Esportes e Eventos, também foram realizadas atividades pela Semana do Meio Ambiente, através das Secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Pela manhã houve reflorestamento espontâneo e, à tarde, foram realizados palestras e debate, na Casa de Cultura da Vila do Abraão. Além disso, crianças das 7ª e 8ª séries visitaram de saveiro diversos pontos do ecossistema da Ilha Grande.
A Prefeitura, através da Operação Angra Legal, também intensificou as fiscalizações contra comércio e campings irregulares, desmatamentos e quaisquer outras agressões à natureza, durante estes fins de semana do festival. O Angra Legal visa preservar o santuário ecológico que é a Ilha Grande, incentivar o turismo ecológico e legal, além de contribuir para o desenvolvimento organizado do município. O objetivo é manter as riquezas naturais como fonte de arrecadação turística e de prazer para todos, ordenadamente.