Mais uma vez a Festa do Divino Espírito Santo em Angra dos Reis foi marcada por fé e tradição. Após ser recepcionado no novo cais de turismo - que quando for inaugurado se chamará Estação Santa Luzia, o Menino Imperador (este ano representado por João Pedro Bessa Laranjeira) caminhou pelas ruas da cidade como manda a tradição. A população acompanhou a comitiva até a delegacia, onde um preso foi liberado. Depois todos almoçaram no CEAV, ao som de muita música.
À noite, na Igreja Matriz, durante a Missa Festiva celebrada por Frei Alonso, o Menino Imperador foi coroado pelo Secretário de Integração Governamental, Bento Pousa Costa, que compareceu à celebração acompanhado de sua esposa Cristina, além do Secretário de Cultura, Esportes e Eventos, Marcus Veníssius Barbosa. Depois o cortejo seguiu para o Império, montado no Cais de Santa Luzia, onde houve a apresentação da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e das danças folclóricas Coquinhos, Jardineiras,e Lanceiros. Emocionada e feliz, a família de João Pedro sentou-se ao lado das autoridades para assistir às apresentações.
No sábado, as portas da casa do Prefeito Fernando Jordão foram abertas por sua esposa Célia Jordão ao Menino Imperador, às Folias do Divino, ao secretário Veníssius e ao Frei Alonso para o tradicional café da manhã. Célia deu as boas vindas e agradeceu a presença de todos. A visita das folias às casas é uma tradição secular, que simboliza a abertura das portas do lar aos dons do Divino Espírito Santo. Após as celebrações religiosas da tarde e da noite, mais uma vez a festa fez-se no Império, onde houve show e pregação com a Banda Vida Reluz., seguidos das apresentações das danças folclóricas Coquinhos, Velhos e Marujos.
No domingo, Dia de Pentecostes, uma Missa Solene marcou o amanhecer no Espírito Santo, às 5h. Logo depois a comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Conceição se reuniu num café comunitário com banda e queima de fogos. Após a Missa Cantada das 10h, foram distribuídas as tradicionais lembranças. Logo após o Menino Imperador visitou o Asilo São Vicente de Paulo.
À noite, houve uma procissão percorrendo as ruas da cidade, conduzindo as Imagens de Nossa Senhora do Rosário e Divino Espírito Santo, acompanhada pela Ordem Terceira do Carmo, Ordem Terceira de São Francisco, Apostolado da Oração, Congregação Mariana, Liga Católica e Irmandade de São Benedito. Depois foi feita a troca da Coroa pelo Chapéu do Imperador e o apagamento do Círio Pascal.
Na noite do último dia de festa, as apresentações foram abertas pelo Rancho Folclórico Junqueiro, que arrancou aplausos com suas danças portuguesas. Mais uma vez os tradicionais Coquinhos, Jardineiras, Lanceiros, Velhos e Marujos voltaram ao palco e encerraram as atividades de mais um ano de muita fé e tradição.
Origem da Festa do Divino em Angra dos Reis
Existem duas versões para explicar a presença do Imperador na festa do Divino. Uma conta que a rainha D. Izabel escolheu um homem pobre que assistia uma missa e o coroou como rei, com diversos privilégios. Gesto que foi incorporado às festividades. Uma outra versão diz que o rei de Portugal teria prometido visitar uma de suas colônias na África durante os festejos do Divino. A visita foi desmarcada repentinamente. A nobreza local sentiu-se desprestigiada e vestiu um menino como rei. O falso monarca chegou à cidade de barco e recebeu da população local diversas homenagens.
Comissão da Festa.
Imperador: João Pedro Bessa Larangeira
Guarda Estoque: Gabriel Lopes Teixeira
Mordomo: Caio Lima Soares
Comandante da Barquinha: Mateus Neres
Fernando Antônio Cecilliano Jordão, Marcus Veníssius da Silva Barbosa, João Willy Seixas Peixoto, Marcelo Tavares, Alonso de Oliveira, Marcos César Cardoso, Ana Clara Costa, Lúcia Honorato, Mara Rúbia Challub, Rita de Cássia do Amaral Rodrigues, Maria do Carmo Manuel, Maria Aparecida do Nascimento, Celso Ricardo, Itanilza Oliveira Viana, Maurício Santos da Silva, Nilva Lopes Pereira, Ângela Moura Sena, Zélio Ramos do Nascimento, Zélio Nascimento Frederico Neto, Nilza Souza Oliveira, Laura Nascimento de Mello, Conceição Brasil.
Visto: Frei Alonso Gustavo Malaquias – Pároco da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição