Caminhos Antigos de Angra

Prefeitura realiza na Casa da Cultura palestra sobre os caminhos antigos de Angra

Sexta-Feira, 11/05/2007 | .

A Prefeitura de Angra dos Reis, na noite do dia 10, realizou mais um importante evento na Casa da Cultura, através da Secretaria de Cultura, Esportes e Eventos dentro do Projeto “Angra Salva Sua Memória” : a palestra “Caminhos Antigos de Angra”, proferida pelo andarilho, escritor e pesquisador de Mambucaba, Francimar Pinheiro.
            Com mais esta realização, o Secretário de Cultura, Esportes e Eventos Marcus Veníssius Barbosa, dá continuidade e reforça uma das atividades que o Prefeito Fernando Jordão e o Secretário de Integração Governamental, Bento Pousa Costa, priorizam na área cultural, que é proporcionar o acesso da população à história do município.
            Francimar é condutor ambiental, autor do livro “Angra dos Reis, Monumentos e História”, fotógrafo, membro do Ateneu de Letras e Artes e estuda e pesquisa, desde 1999, os diversos caminhos de Angra que foram importantes para a cidade e para a província do Rio de Janeiro no século XIX, principalmente os caminhos da região de Mambucaba, durante o Ciclo do café.
Durante a palestra ilustrada por fotos dos caminhos, Francimar falou sobre a chegada da expedição portuguesa no Brasil, a fundação da Vila São Vicente e os 3 lugares para onde a comitiva dividida se dirigiu: Laguna, Angra dos Reis e São Paulo. Logo em seguida falou sobre os 3 Caminhos que transportavam ouro de Minas até o Rio de Janeiro: o Caminho Velho que passava por Paraty, o Caminho Novo que passava por Conselheiro Lafayete.e o Caminho Novo de Piedade que passava por Lorena, Santa Cruz, Areia, Bananal e São Marcos. Em seguida falou sobre os caminhos de Angra, suas estradas , traçados, peculiaridades e estados de conservação.
Segundo Francimar, as estradas foram construídas com a finalidade de transportar café para os portos de Angra e muitas delas estão em estado de conservação melhores que as Estradas Reais que hoje estão sendo divulgadas turisticamente como as situadas em São Paulo e Minas Gerais. “O que as estradas de angra precisam é de atenção pois tem valores históricas muito grandes, afirmou ele”.   O transporte por estas estradas de pedra era feito por tropas de burros que traziam as sacas de café para a cidade de Angra. Algumas das principais estradas desta época foram destacadas como a de João de Oliveira (1740), Estrada da Pedra (1839), Estrada do Ariró, que ligava Resende até o Porto do Ariró), Estrada da Japuíba, Estrada da Maria Angélica, e a do Sertão de Mambucaba (1825) que trazia café do Vale do Paraíba para o porto de Mambucaba. Inclusive esta estrada, do lado de Angra, segundo ele é uma das mais preservadas da região e merece ser visitada e preservada.
 
 
 

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