A Prefeitura de Angra dos Reis continua comemorando os resultados positivos do trabalho sério e preventivo de controle ambiental e de postura que vem sendo realizado sistematicamente, nas ilhas e no continente, através da Operação Angra Legal, uma iniciativa do governo municipal em parceria com a Polícia Militar, Batalhão Florestal, Instituto Estadual de Floresta, Feema e Capitania dos Portos, aliados a moradores, agentes de turismo, empresários e entidades ambientais.
A operação que vem sendo realizada desde 2005, não tem data para ser finalizada. Segundo o Prefeito Fernando Jordão, o Angra Legal continuará a ser realizado sistematicamente porque a Ilha Grande e todo o Município precisam ser cuidados permanentemente para continuarem ricos em beleza natural para as futuras gerações.
- Com a operação estamos controlando a ocupação turística e o funcionamento de agências e barqueiros; reprimindo o comércio ilegal; som de alta potência em áreas proibidas; e evitando possíveis danos ao meio ambiente de nossa rica e exuberante região. O Angra Legal já está despertando interesses nos municípios vizinhos que juntos com Angra fazem a Costa Verde ser uma das mais belas regiões do país, explica o Prefeito.
A operação foi intensificada no Carnaval deste ano, quando o programa completou dois anos. Segundo o Presidente da TurisAngra, Manoel Francisco de Oliveira e a Secretária de Meio Ambiente, Elizabeth Brito (coordenadores do Angra Legal), exemplos do excelente resultado da operação podem ser medidos pelo quadro encontrado pela fiscalização que atuou efetivamente em todos os dias de Carnaval no Município.
Na Praia do Aventureiro o controle do turismo funcionou cem por cento obedecendo o plano de cargo que estipula a permanência de apenas 560 visitantes por dia na praia. As pousadas e hotéis tiveram ótima lotação. Somente entraram no município ônibus com autorização do Ministério do Turismo. A Prefeitura também realizou com sucesso diversos eventos de conscientização de que é preciso manter praias e o mar de Angra limpos (com realização de esquetes teatrais nas praias, palestras e oficinas nas comunidades pesqueiras sobre a reutilização de materiais recicláveis, orientação de monitores ambientais nas embarcações, e distribuição de sacos de lixos no cais de embarque de turismo).
Ao contrário do carnaval de 2006, o quadro encontrado neste carnaval foi animador. Apenas um camping irregular foi desmontado na Praia da Passaterra, na Ilha Grande, com 13 barracas familiares que estavam fazendo um retiro espiritual. Dez outras barracas foram desmontadas na Praia Grande de Araçatiba e quatro barracas foram retiradas da Praia da Bica, na Estrada do Contorno, no continente. O desmonte das barracas foi realizado sem problemas porque os fiscais, tanto da Prefeitura, quanto dos órgãos ambientais envolvidos, explicaram os motivos da ação e a necessidade do cumprimento da lei.
Na Ilha Grande, durante a operação, os fiscais aproveitaram para fazer anotações de obras irregulares (passíveis de demolição), como cerca e muro na Praia da Passaterra. Desmontaram uma pequena mureta na Praia de Camiranga, e uma estrutura em bambu para montagem de acampamento na Praia da Feiticeira. Puderam perceber que as orientações repassadas, anteriormente ao carnaval, para moradores que antes mantinham campings irregulares nos quintais, foram acatadas: os acampamentos que proliferaram nos últimos carnavais não foram encontrados desta vez.
Ainda na Ilha Grande, a fiscalização convenceu alguns campistas que iriam montar barracas nas praias para se alojarem nos campings legalizados e as recomendações também foram aceitas de prontidão. A fiscalização também reprimiu comércio ambulante no continente e na Ilha Grande e visitou barcos bares flutuantes no Saco do Céu, Lagoa Verde, Lagoa Azul e Pouso.
Para o que a operação pudesse atingir os objetivos, a Prefeitura mobilizou centenas de pessoas atuando tanto em terra como no mar com fiscalização urbana, vigilância sanitária e educação ambiental. Utilizou na operação 1 helicóptero, 8 lanchas, 20 fiscais municipais, 40 agentes de apoio em fiscalização, educadores ambientais, uma equipe de agentes sanitários da secretaria municipal de saúde, agentes de educação ambiental e agentes da Turisangra.
Também contratou uma equipe de mergulho, para atuar realizando a limpeza do fundo do mar (no entorno dos principais cais de atracação como o da Praia Grande, Bonfim e do Centro) e um veículo especial, tipo trator, próprio para revolver areia e fazer a limpeza das praias do continente. Para realizar a coleta de lixo flutuante nas praias de difícil acesso e na Gipóia foi alugada uma embarcação. A coleta de lixo diária e rotineira na Ilha Grande também foi intensificada no Carnaval.
Segundo Manoel Francisco, da Turisangra, outra importante informação que comprova a ocupação balanceada na Ilha Grande é que entrou na região, durante o Carnaval um total de cerca de 12 mil pessoas. Pelos estudos atuais, toda a Ilha comporta em altas temporadas cerca de 17 mil turistas.
Dados da Turisangra comprovam que todo o Município de Angra (ilhas e continente), recebeu entre os dias 26 de dezembro e 25 de fevereiro cerca de 440 mil turistas, sendo 110 mil somente no período do Carnaval. Cerca de 98% dos leitos de hotéis e pousadas foram ocupados fazendo girar cerca de R$ 10 milhões em todo o município. Entraram nos limites da cidade 33 ônibus e 82 veículos de turismo (vans e microônibus) todos devidamente autorizados.. Já o movimento de embarcações movimentou mais de R$ 4 milhões.
Novas ações do Angra Legal
Segundo Manoel Francisco, uma das preocupações principais do Angra Legal é com a preservação do mar e suas riquezas naturais. Por isto, aliada a outros órgãos a Prefeitura está estudando um plano real de carga para toda a Ilha Grande. Outra ação que vale ser registrada é o trabalho que a Prefeitura, através do Angra Legal, vai iniciar junto a grandes fabricantes de embarcações e associações de barqueiros, para resolverem o problema da coleta dos dejetos sanitários que hoje são jogados no mar por cerca de 15 mil embarcações registradas legalmente no Município. No verão este número aumenta e circulam pelo mar de Angra mais de 20 mil barcos.
Ainda em relação a ações de controle e cuidados com o mar de Angra, a Prefeitura está desenvolvendo o Projeto Praia Legal. Dentro deste projeto está acontecendo o subprojeto “Nado Livre” que afasta as embarcações das praias e delimita cem metros de área para que a população possa desfrutar do mar e nadar livremente. O projeto já está sendo implantado na Lagoa Azul e Freguesia de Santana (Ilha Grande) e na Praia da Piedade, na Ilha da Gipóia. Está em vias de implantação na Ilha de Cataguás.
Além disso, durante o mês de janeiro, a Prefeitura também realizou Colônia de Férias Ambiental levando centenas de crianças de escolas municipais para conhecerem as Ilhas de Angra e fazerem plantio de mudas de árvores nativas da região. Outra importante ação do Angra Legal foi o desmonte de quiosques em diversas praias do continente