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Pouca gente sabe, mas Angra dos Reis também se destaca no cultivo de palmito pupunha. Ocupa o primeiro lugar no ranking de produção do Estado do Rio de Janeiro As plantações vão desde o pequeno agricultor, atendido pela Prefeitura com fornecimento de mudas e orientação técnica, até o grande produtor que desenvolve a cultura com recursos próprios e revende seu produto beneficiado até no Rio de Janeiro.
Para não perder o posto a Prefeitura continua investindo na produção do pupunha. A Secretaria de Agricultura prossegue com seu programa de distribuição de mudas e assistência técnica aos interessados em ingressar no ramo. O pupunha é uma nova fonte de renda para agricultores e uma opção econômica para os palmiteiros que subsistem em péssimas condições de vida da extração ilegal do palmito juçara.
Na tarde dessa quarta-feira, 7, aconteceu mais uma distribuição na sede da Cooperativa Mista Sul Fluminense (COMISFLU). Dez produtores de diversas localidades receberam oito mil mudas de palmito pupunha. Existem hoje 163 inscritos na Secretaria de Agricultura interessados no cultivo do pupunha. Apesar de a Prefeitura ter uma estufa com 40 mil mudas, a distribuição é feita em etapas, pois cada lote está em uma etapa diferente de crescimento. Por isso, a distribuição de mais mudas a outros produtores vai acontecer em 30 dias.
Os interessados em produzir o palmito pupunha podem se inscrever na sede da Secretaria de Agricultura, na Rua Teixeira Brandão, 140, 3º andar, Centro da cidade. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 3365.7553. O secretário de Agricultura, José Maria Novaes, lembrou que até analise do solo os técnicos da Prefeitura fazem.
- Nosso objetivo é atender principalmente ao pequeno produtor, ou seja, a agricultura familiar. Para receber as mudas pela primeira vez é preciso se cadastrar na secretaria. A partir daí nossos técnicos avaliam as condições do terreno para o plantio do palmito. Só então fazemos a doação das mudas. Oferecemos ainda acompanhamento técnico desde o plantio até a primeira colheita -, explicou o secretário.
Da aparência ao paladar a pupunha é hoje uma das substitutas naturais do palmito obtido das espécies juçara ou açaí. Por todas as qualidades que apresenta, vem a ser a planta economicamente viável e ambientalmente correta, ou seja, vem de encontro aos ideais de economia sustentável.
O palmito nativo que se consome normalmente é uma porção muito pequena de uma palmeira, ou coqueiro. São plantas que demoram em média oito anos para que o interior do seu caule se transforme em palmito. Além disso, uma vez cortadas, não originam outra porque seu sistema de reprodução é por sementes.
Por outro lado, o palmito de pupunha é de rápido desenvolvimento. É uma cultura precoce e permanente. Após dois anos e meio do plantio o agricultor pode cortar e retirar o palmito. O mais importante: ao contrário do juçara o pupunha não morre com o corte, pois seu sistema de reprodução é por brotação (perfilhamento), o possibilita nova colheita a cada ano, garantindo rendimento por 18 a 20 anos se a lavoura for bem conduzida.
O palmito pupunha pode ser cultivado em pequenas propriedades, garantindo a permanência do homem no campo, pois se transforma em uma fonte de renda extra. Sua colheita não exige investimento em máquinas e equipamentos, proporcionando trabalho ao homem do campo.