Luta Antimanicomial em Angra

O Dia Nacional de Luta Antimanicomial é comemorado com uma série de eventos

Segunda-Feira, 19/05/2008 | .

 

Há 21 anos o dia 18 de maio foi instituído como a data nacional da luta contra os manicômios e é o dia de reafirmar que o país não quer mais os hospícios, já que esta é uma instituição retrógrada e ultrapassada, que não deve encontrar mais espaço nem respaldo em nossa realidade. O Dia Nacional da Luta Antimanicomial também é para lembrar que quase 60 mil pessoas continuam presas em algum hospício Brasil e que isso é inaceitável.

A data foi escolhida por ser a dia de fundação de um dos maiores hospitais psiquiátricos do país, o Juquery de Franco da Rocha, em São Paulo. O movimento antimanicomial começou naquela cidade em 1993, com a aprovação da Lei Municipal da Reforma Psiquiátrica.

A Prefeitura de Angra dos Reis, também é uma das pioneiras no tratamento antimanicomial, retirando pacientes de manicômios e possibilitando a todos, atendimento ambulatorial, acompanhamento domiciliar e cursos diversos de arte, como reintegração social.

Os eventos estão sendo promovidos pela Prefeitura, através do Centro de Atendimento Integrado em Saúde Menta l (CAIS) e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) e pela Associação de Familiares, Amigos e Usuários do CAIS (AFAUC), com o objetivo de divulgar o trabalho realizado em Angra e valorizar os trabalhos realizados pelos pacientes durante as oficinas de arte. Nesta segunda-feira, dia 19, aconteceu uma Exposição de Artesanato e Bolsas Confeccionados por usuários do CAPS/CAIS, na Praça General Ozório. Na mesma ocasião teve apresentação do grupo de Capoeira Abadá e apresentação do Coral do CAPS/CAIS.

Entre os dias 20 de maio e 20 de junho, o Espaço Cultural Eletronuclear, apresenta a II Exposição de Pinturas do CAIS. Entre os dias 25 de junho e 7 de julho os trabalhos ficarão em exposição no Centro Cultural Theóphilo Massad. O curador da mostra, Adel Gonzaga, explicou que o objetivo é divulgar as pinturas dos usuários do serviço que frequentam as oficinas de artes do CAIS e principalmente agir contra o preconceito e a discriminação das pessoas que sofrem de transtornos mentais.


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