O Grupo de Trabalho de Ordenamento do Município criado pela Prefeitura, através da Secretaria de Integração Governamental, para resolver questões pontuais, continua. Desta vez o alvo foi a população de rua. Na quarta-feira, 13, uma equipe formada por funcionários do Serviço Público, da Secretaria de Pesca, do Centro de Atenção à População de Rua, da Procuradoria Geral do Município, dos fiscais de Postura, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Câmara Municipal, fez diversas abordagens a pessoas que atualmente residem nas ruas do município. A ação capitaneada pela Secretaria de Ação Social, e acompanhada pela Procuradora Geral do Município, Maria de Fátima de Araújo Dias, tem como objetivo tirar as pessoas do estado de abandono em que se encontram.
Diversos pontos do Centro da cidade, Balneário e Enseada foram visitados pela equipe. A incidência maior de moradores de rua é no Aterro do Carmo. Lá eles dormem, cozinham, e vivem com o material arrecadado nos barcos que trazem lixo da Ilha Grande.
Durante a operação, além da equipe prestar atendimento médico, com encaminhamento ao Pronto Socorro, e social, o Serviço Público, coordenado por Alexandre Ribeiro Nunes, realizou uma limpeza nas áreas e retirou o lixo por eles acumulado. O secretário de Pesca, Humberto Martins participou da ação, como também o assessor da presidência da Câmara, José Augusto de Araújo Vieira, que representou os vereadores.
Ao contrário do que se pensa, a grande maioria da população que hoje vive nas ruas de Angra dos Reis, não é do município. Durante as investidas cerca de 30 pessoas foram abordadas e ouvidas pela equipe. Elas são de Barra Mansa, Volta Redonda, Mangaratiba, Paraty e até de São Paulo e Minas Gerais. Muitas dessas pessoas não possuem documentos, o que torna difícil a identificação.
Duas pessoas abordadas pelos profissionais concordaram em ir para o Centro de Atenção à População de Rua, onde passarão por uma adaptação para retornarem ao convício com a sociedade. No centro elas receberão atendimento médico e psicológico e requalificação profissional. Outros preferiram voltar para suas cidades. A Prefeitura doou as passagens de ônibus. A coordenadora do Centro, Lúcia Helena de Lima e Silva e sua equipe participaram da ação, assim como Eliane Carvalho, chefe da Divisão Especial de Alta Complexidade, da Secretaria de Ação Social.
- Muitas dessas pessoas têm problemas com alcoolismo, outras drogas e sofrem com problemas mentais. E ainda grandes problemas de convívio com suas famílias. A nossa abordagem é feita no sentido de ajudá-los, seja na volta para casa ou com abrigo no Centro, - falou Eliane Carvalho.
A secretária de Ação Social, Célia Jordão lembrou que a Prefeitura tem investido seriamente na busca de soluções para o problema.
- Nós temos equipamentos sociais que oferecem amparo e reconduzem essas pessoas ao convívio de seus familiares e da sociedade. Mas alguns têm resistência ao auxílio e optam por continuar morando nas ruas. Mesmo diante dessas dificuldades, continuaremos com nossas ações com o intuito de solucionar este problema social em nossa cidade, - disse a secretária Célia Jordão.
O Grupo de Trabalho de Ordenamento do Município começou com a retirada das carcaças de veículos do Aterro do Carmo. Uma reivindicação antiga da população que só foi possível de ser atendida através do empenho do prefeito Fernando Jordão que alugou um espaço para que os veículos fossem transferidos. A ação foi planejada em parceria com a Polícia Civil e a Polícia Militar. Há anos, por falta de um depósito, a Polícia Civil deixava no Aterro do Carmo esses veículos, muitos apreendidos sem documentação. Com o passar do tempo apodrecem, e ainda serviam como abrigo para moradores de rua.
Outra atividade foi realizada pelo Grupo de Trabalho na semana passada. Uma operação limpeza atrelada a uma campanha educacional contra a proliferação do mosquito da dengue foi deslanchada na Japuíba e Vila Nova. A ação contou com a participação da comunidade. Foram retiradas toneladas de materiais das residências, como pneus, latas, garrafas e outros recipientes propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypti.