Operação Angra Legal inova

Fiscalização noturna encontrou 15 barracas instaladas ilegalmente na Ilha Grande. Operação continua

Quarta-Feira, 06/02/2008 | .

            No Carnaval de 2006  foram retiradas 320 barracas de acampamentos ilegais na Ilha  Grande. Em 2007  foram 65 barracas. Neste Carnaval apenas 15. Para o subsecretário de Meio Ambiente,  Mário Sérgio Reis, os números  deixam evidentes que a Operação Angra  Legal criada em 2004 e cujo um dos  objetivos é  reprimir a ocupação ilegal não só na Ilha a Grande, mas em todo o município,  praticada principalmente  em feriados prolongados, está alcançando resultados positivos.  De 2006 para cá o número de campings ilegais caiu 80%.

            Os acampamentos irregulares  com 35 pessoas  foram encontrados entre a Praia de Dois Rios e Caixadaço, uma área de preservação ambiental. Além  disso, outras 40 pessoas   foram impedidas pelos fiscais de acampar em área proibida  durante o bloqueio feito pela fiscalização nas trilhas que cortam a Ilha Grande. Todos  foram orientados a procurar um camping legalizado, em área permitida.  A Ilha Grande possuí   hoje 11 campings legais.

A s  15 barracas irregulares   foram encontradas durante a fiscalização noturna, no sábado, dia 2. A   fiscalização  noturna   foi a novidade da Operação Angra Legal neste  Carnaval e teve como objetivo, plenamente sucedido impedir que campistas  montassem suas barracas no meio da vegetação, “na calada da noite”,  para  que não fossem  vistas pelos fiscais que rondaram a Ilha  durante o dia. O presidente da TurisAngra, Manoel Francisco de Oliveira, revelou   que para obter êxito os agentes usaram equipamentos  com infravermelho e lentes  zoom motorizadas que facilitam a visão noturna.

            Coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e pela Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra),   a Operação Angra Legal neste Carnaval  foi realizada por 150 pessoas entre fiscais ambientais, de postura e da vigilância sanitária de diversas secretarias municipais, por agentes do IEF e do Batalhão de Polícia Florestal. Teve o apoio de dois helicópteros e  cinco lanchas, sendo que uma  ficou  fundeada na Praia do Aventureiro, onde desde dezembro de 2006 só é permitida  entrada de 560 pessoas por dia com pulseiras de identificação  fornecidas gratuitamente no Centro de Informações Turísticas, ainda no continente. Antes do controle o Aventureiro chegou a receber até  quatro mil  pessoas por dia em feriados prolongados.  

            Além de  impedir o turismo predatório, principalmente nas ilhas e em áreas de preservação ambiental, a  Operação Angra Legal não também age contra a pesca predatória, mergulhos e caça submarina em  locais inapropriados, retirada de plantas nativas das trilhas, privatização de praias, fiscalização de cozinhas de estabelecimentos comerciais, a proliferação de comércio ilegal, desmatamentos e queimadas, tanto nas  ilhas como no  continente. Só   no  Carnaval  foram feitas 20 apreensões de comércio ilegal em diversas praias na Ilha Grande.

            Vale lembrar que a Operação Angra Legal não cessa, é apenas intensificada  nos feriados prolongados, ou seja, a  fiscalização continua trabalhando só que com um número menor de  agentes. A operação de limpeza do mar iniciada no dia 28 de janeiro  prossegue até o dia 11, segunda-feira. Conta  com dois mergulhadores além de agentes  que estão realizando o serviço de conscientização ambiental para que turistas e a população em geral não joguem  lixo no mar, nas praias, ruas e rios. A operação atinge o Município de ponta a ponta incluindo a Ilha Grande e a Gipóia. No continente, a Prefeitura a conscientização ambiental  está sendo feita com a distribuição de panfletos e bolsas para lixo nas praias e no Cais de Turismo.

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