No Carnaval de 2006 foram retiradas 320 barracas de acampamentos ilegais na Ilha Grande. Em 2007 foram 65 barracas. Neste Carnaval apenas 15. Para o subsecretário de Meio Ambiente, Mário Sérgio Reis, os números deixam evidentes que a Operação Angra Legal criada em 2004 e cujo um dos objetivos é reprimir a ocupação ilegal não só na Ilha a Grande, mas em todo o município, praticada principalmente em feriados prolongados, está alcançando resultados positivos. De 2006 para cá o número de campings ilegais caiu 80%.
Os acampamentos irregulares com 35 pessoas foram encontrados entre a Praia de Dois Rios e Caixadaço, uma área de preservação ambiental. Além disso, outras 40 pessoas foram impedidas pelos fiscais de acampar em área proibida durante o bloqueio feito pela fiscalização nas trilhas que cortam a Ilha Grande. Todos foram orientados a procurar um camping legalizado, em área permitida. A Ilha Grande possuí hoje 11 campings legais.
A s 15 barracas irregulares foram encontradas durante a fiscalização noturna, no sábado, dia 2. A fiscalização noturna foi a novidade da Operação Angra Legal neste Carnaval e teve como objetivo, plenamente sucedido impedir que campistas montassem suas barracas no meio da vegetação, “na calada da noite”, para que não fossem vistas pelos fiscais que rondaram a Ilha durante o dia. O presidente da TurisAngra, Manoel Francisco de Oliveira, revelou que para obter êxito os agentes usaram equipamentos com infravermelho e lentes zoom motorizadas que facilitam a visão noturna.
Coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e pela Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), a Operação Angra Legal neste Carnaval foi realizada por 150 pessoas entre fiscais ambientais, de postura e da vigilância sanitária de diversas secretarias municipais, por agentes do IEF e do Batalhão de Polícia Florestal. Teve o apoio de dois helicópteros e cinco lanchas, sendo que uma ficou fundeada na Praia do Aventureiro, onde desde dezembro de 2006 só é permitida entrada de 560 pessoas por dia com pulseiras de identificação fornecidas gratuitamente no Centro de Informações Turísticas, ainda no continente. Antes do controle o Aventureiro chegou a receber até quatro mil pessoas por dia em feriados prolongados.
Além de impedir o turismo predatório, principalmente nas ilhas e em áreas de preservação ambiental, a Operação Angra Legal não também age contra a pesca predatória, mergulhos e caça submarina em locais inapropriados, retirada de plantas nativas das trilhas, privatização de praias, fiscalização de cozinhas de estabelecimentos comerciais, a proliferação de comércio ilegal, desmatamentos e queimadas, tanto nas ilhas como no continente. Só no Carnaval foram feitas 20 apreensões de comércio ilegal em diversas praias na Ilha Grande.
Vale lembrar que a Operação Angra Legal não cessa, é apenas intensificada nos feriados prolongados, ou seja, a fiscalização continua trabalhando só que com um número menor de agentes. A operação de limpeza do mar iniciada no dia 28 de janeiro prossegue até o dia 11, segunda-feira. Conta com dois mergulhadores além de agentes que estão realizando o serviço de conscientização ambiental para que turistas e a população em geral não joguem lixo no mar, nas praias, ruas e rios. A operação atinge o Município de ponta a ponta incluindo a Ilha Grande e a Gipóia. No continente, a Prefeitura a conscientização ambiental está sendo feita com a distribuição de panfletos e bolsas para lixo nas praias e no Cais de Turismo.