Trabalho baseado em georreferencia, relacionado à situação vacinal das crianças com menos de dois anos de Angra dos Reis, “Busca ativa vacinal por geolocalização” foi apresentado no formato online na última quarta-feira, 7 de junho, a representantes do Cosems-RJ, numa explanação realizada pela enfermeira Kelly Nunes de Araújo, servidora municipal da Prefeitura de Angra e criadora do projeto, que ainda conta com os profissionais Camila Lima Siqueira, Wesley Abel Mariano e Priscila Oliveira Silva Cozandey como coautores.
A busca ativa orientada por geolocalização é uma ferramenta criada para auxiliar as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) na identificação, localização, classificação, registro e monitoramento de crianças imunizadas, não imunizadas ou em risco de não receberem vacinas. A utilização da busca possibilita a tomada de decisões para a sistematização e acompanhamento de crianças na faixa etária de 0 a 24 meses.
A enfermeira criadora do projeto trabalha na ESF do Marinas, bairro localizado no primeiro distrito de Angra com um número aproximado de 3.280 pessoas. Segundo ela, a ideia do trabalho foi tentar localizar as crianças que se encaixassem no público-alvo de forma mais prática e visual, na intenção de ajudar os agentes comunitários de saúde.
– O bairro foi escolhido por ter uma área toda coberta por agentes comunitários. A ideia se baseia numa busca orientada por geolocalização, um tipo de ‘google maps’, ou seja, uma ferramenta que auxilia na identificação das casas das crianças menores de dois anos, permitindo que a classificação delas fosse efetuada, verificando quem estava com a vacina em dia, com vacina prestes a vencer e quem não tinha comparecido para receber a dose no período certo. Com isso, conseguimos facilitar a busca ativa, direcionando os agentes comunitários às casas que eles precisavam visitar – explica Kelly.
A geolocalização é fruto de parceria entre a Atenção Primária de Saúde e o setor de Geoprocessamento da Prefeitura de Angra, com a finalidade de apresentar ferramenta de busca ativa vacinal, por meio de georreferenciamento e geolocalização, como item para tomada de decisão, tendo como unidade modelo a ESF do Marinas. Com o trabalho, a Secretaria de Saúde conseguiu identificar as vulnerabilidades que levam à não vacinação, que estão ligadas principalmente ao horário e à adesão das famílias que apresentam resistência por conta dos movimentos antivacina.
Após a apresentação online, o trabalho foi selecionado para ser apresentado novamente no congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), em julho deste ano, que vai acontecer em Goiânia.