O Cais de Santa Luzia em Angra dos Reis recebeu, na quinta (26) e sexta-feira (27), a carreta do projeto Roda Hans que possibilitou que 180 pessoas realizassem, gratuitamente, exames dermatológicos para o diagnóstico precoce da hanseníase. Duas pessoas foram detectadas com a doença e encaminhadas para tratamento.
Nos dois dias, o projeto Roda Hans envolveu a participação de uma equipe multidisciplinar de profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, biólogos, farmacêuticos, assistentes sociais, agentes comunitários de saúde e médicos voluntários da Santa Casa do Rio de Janeiro. Além disso, 76 profissionais da rede de saúde de Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba foram capacitados no projeto, desenvolvido pelo governo do estado em parceria com a Prefeitura de Angra.
- Essa ação foi muito importante pois ajudou na divulgação da doença para a população. Devemos saber identificar e procurar os postos de saúde imediatamente – destacou o morador Hiago Luís, que passou pela triagem.
Durante a ação, os participantes preenchiam uma ficha e eram chamados para realizar diversos exames de pele e, se alguma doença fosse diagnosticada, ele recebia cuidados, informações e até medicamentos para o tratamento.
- A pactuação junto com os órgãos do estado serve para criar um aperfeiçoamento dos médicos. Essa parceria ajuda a realizar o diagnóstico precocemente e, assim, evitar as sequelas que a doença pode causar. Devemos ficar alertas para manchas que não machucam e procurar ajuda – destacou a responsável técnica do programa de hanseníase.
A hanseníase é transmitida pelas vias aéreas (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. A doença apresenta longo período de incubação, ou seja, tempo após a infecção em que os sinais e sintomas começam a se manifestar. Geralmente, é em média de 2 a 7 anos. Há referências com períodos mais curtos, de 7 meses, como também mais longos, de 10 anos.