Saúde promove autocuidado e prevenção da violência na folia

Equipes estão nas ruas com a campanha “Pare, pense e use camisinha”

Domingo, 03/03/2019 | Secretaria de Saúde .

A Prefeitura de Angra, por meio do Departamento de Saúde Coletiva / Programas Especiais – IST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde, está desde quinta-feira (28) nas ruas com a Campanha de Carnaval “Pare, pense e use camisinha”, do Ministério da Saúde.
Até terça-feira (5), as equipes estarão nos blocos do Centro e na Vila do Abraão, de 18h às 0h, distribuindo preservativos, orientando sobre prevenção de ISTs e violência de gênero e distribuindo botton e leque com fluxograma da Campanha Não é Não. A equipe de Abordagem da Secretaria Executiva de Assistência Social está levando a ação para a programação dos bairros. Nestes dias de folia, uma equipe no SPA do Centro está oferecendo, de 18h às 23h, Teste Rápido de HIV.
De acordo com a Coordenadora de Saúde dos Programas Especiais, a ação visa conscientizar os foliões, estimulando o uso do preservativo, principalmente entre os homens na faixa etária de 15 a 39 anos.
- Dados do último boletim epidemiológico do HIV/Aids, do Ministério da Saúde, mostram que 73% dos novos casos de HIV, em 2017, no país, ocorreram no sexo masculino. Um em cada cinco novos casos de HIV estão entre homens de 15 a 24 anos. Entre homens na faixa etária de 20 a 24 anos, a taxa de detecção de aids cresceu 133% entre 2007 a 2017 – explicou a coordenadora, antes de completar:
- Os jovens também são o foco da campanha. Pesquisas apontam que o uso de preservativo entre esse público não é consistente, embora o nível de informação seja elevado, por isso o empenho de estratégias efetivas. Fomentar ações onde eles sejam os protagonistas – afirmou.
Além disso, o município, através das Secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania, aderiu à Campanha Não é Não, visando a promoção de um carnaval sem abuso, assédio e violência.
- Com a mudança, atos como passar a mão no corpo de alguém ou roubar um beijo, considerados por muitos como parte da festa, passam a ser tipificados como crime de importunação sexual. Beijo à força ou qualquer outro ato consumado mediante violência ou grave ameaça, impedindo a vítima de se defender, de acordo com a mesma lei, configura crime de estupro. Beijo, portanto, só consentido – concluiu a Coordenadora de Saúde dos Programas Especiais, explicando que este é o primeiro Carnaval sob a vigência da Lei 13.718/ 2018, que torna crime o ato de importunação sexual.