Não há risco de febre amarela em Angra

Doença não é típica da região, e a vacinação preventiva no RJ está sendo feita apenas no Norte do estado, divisa com Minas

Quarta-Feira, 25/01/2017 | Secretaria de Saúde .

Tendo em vista a repercussão do surto de febre amarela em algumas regiões de Minas Gerais, a Secretaria de Saúde de Angra dos Reis destaca que a população angrense não precisa se preocupar e que uma corrida às unidades de saúde na busca por vacina contra a doença não se justifica. Em entrevista concedida à imprensa nesta semana, o secretário municipal de saúde, Gustavo Villa, tranquilizou a população ao falar sobre o surto.

– O Brasil conseguiu erradicar a febre amarela urbana em 1942. Então, a que ocorre agora, em Minas Gerais, é a febre amarela silvestre, que já é endêmica de lá, pois costuma acontecer nas regiões de lá. Não há risco de termos uma epidemia em Angra, pois a doença não é endêmica das matas daqui – explica o secretário.

Gustavo ressalta ainda que, por ser endêmica de algumas localidades mineiras, “sempre é indicado tomar a vacina para ir a Minas Gerais”. Ele afirma, no entanto, que quem já é vacinado não precisa se vacinar novamente.

– Normalmente as pessoas já são vacinadas contra a febre amarela. Elas tomam a primeira dose com nove meses de idade e, depois, tomam um reforço. Daí ficam imunes pelo resto da vida – explica.

A vacina contra a febre amarela é recomendável somente para aqueles que perderam seus cartões de vacinação, têm dúvidas se já foram ou não vacinados e pretendem viajar para as regiões de surto. Sempre com, pelo menos, 10 dias de antecedência da viagem.

– Se as pessoas forem correndo se vacinar, elas podem prejudicar aquelas que realmente precisam da vacina. Hoje, em Angra, ninguém que não vai para as regiões endêmicas precisa se vacinar preventivamente. A vacinação preventiva só está sendo feita no Norte do Rio de Janeiro, na divisa com Minas Gerais. Vale lembrar que a vacina contra febre amarela é um vírus vivo atenuado, ou seja, com pouca capacidade de causar doença. Pessoas com problemas de baixa imunidade não devem tomar a vacina. Isso inclui idosos, gestantes ou lactantes e imunodeprimidos, como portadores de HIV, de câncer ou de tuberculose – esclarece o secretário.

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