O município de Angra dos Reis permanece em estado de alerta por causa do risco de dengue, zika e chikungunya. O resultado do primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, realizado entre os dias 2 e 7 deste mês, foi informado à imprensa pelo secretário municipal de Saúde, Gustavo Villa, nesta terça-feira, dia 17. Foram pesquisados 4.379 imóveis e em 50 foram encontradas larvas do Aedes aegypt (41 residências e nove terrenos baldios). Com esses números, o índice de infestação predial (IIP) foi de 1,1% (de cada mil imóveis vistoriados, 11 possuem formas prematuras do vetor). De acordo com a classificação do LIRAa, o índice de infestação de até 1% é considerado satisfatório. De 1% a 3,9% já é considerado estado de alerta. Acima de 3,9% o índice aponta uma situação de risco.
Os depósitos móveis, como vasos de plantas, garrafas e frascos de água, foram os principais criadouros encontrados. Os bairros que tiveram os maiores índices foram Parque Mambucaba, Frade, Belém, Nova Angra, Areal, morros do Centro, Balneário e Parque das Palmeiras. A Prefeitura de Angra irá intensificar as ações de controle nesses bairros.
Para diminuir o risco de criadouros, a Vigilância em Saúde recomenda à população adotar algumas medidas simples. O secretário de Saúde ressalta que os cuidados que os moradores devem ter em suas próprias casas são essenciais.
– O principal culpado ainda é o vasinho de planta. Por isso é fundamental que os moradores nos ajudem a combater o mosquito. Dez minutos por semana dedicados a eliminar criadouros dos mosquitos em casa já podem ajudar bastante. Pedimos à população que intensifique as ações neste período de janeiro a abril – disse Gustavo Villa.
Dentre as recomendações da Vigilância em Saúde estão manter vasos sanitários tampados, lavar as vasilhas dos animais, verificar as tampas das caixas d’água e colocar telas protetoras sobre elas, substituir a água dos vasos de plantas por terra, evitar plantas aquáticas, preencher os pratinhos de plantas com areia (em medida suficiente para não acumular água), secar os suportes para copos dos bebedouros, limpar calhas do telhado para evitar acúmulo de água, evitar armazenar pneus ou qualquer recipiente que possa reter água. Para mais informações, o Disque-Dengue é (24) 3377-7808 e está à disposição.
Nestes primeiros dias de janeiro foram notificados seis casos de dengue em Angra. Em 2016, houve 1.393 notificações no município (493 confirmados, 293 descartados e 607 em investigação), uma redução em relação a 2015, quando houve 9.316 casos notificados (4.848 confirmados, 564 descartados e 3.904 inconclusivos). De acordo com a Secretaria de Saúde, a redução do número de casos – que chegou a quase 90% no que se trata de casos confirmados – se deve à sazonalidade da doença, que faz oscilar a curva de notificações a cada ano, e não à diminuição do mosquito.
Apesar da redução dos casos de dengue no ano passado, a previsão da Secretaria de Estado de Saúde é de um surto de chikungunya para este ano no estado do Rio de Janeiro. Por isso, os trabalhos da Vigilância em Saúde e os cuidados por parte da população devem ser redobrados. Neste ano houve um caso da doença notificado em Angra. No ano passado foram 28 notificações. Já a zika tem dois casos notificados neste ano e 2.315 notificações no ano passado.