O Programa Comunidades de Angra, que visa a transformação dos bairros por meio de uma parceria entre a Prefeitura e os moradores, foi relançado na noite desta terça-feira, 30 de maio, no Centro de Estudos Ambientais (CEA), na Praia da Chácara. A cerimônia contou com a participação do secretário de Governo, Cláudio Ferreti, que acompanhou todas as edições do programa, dos demais secretários do Executivo, da Câmara Municipal, representada pela vereadora Jane Veiga, e de lideranças comunitárias.
- Nós aguardávamos ansiosos a retomada do Programa Comunidades de Angra, que marca também o retorno da esperança para que o nosso bairro seja verdadeiramente ouvido em nossas necessidades. Nós, moradores, vamos poder apresentar para a Prefeitura o que realmente desejamos para o lugar onde vivemos – destacou a servidora pública Alexandra Nóbrega, que é presidente da Associação de Moradores da Enseada.
O Comunidades de Angra surgiu em 2004, idealizado por Ferreti, na época secretário de Obras no segundo governo de Fernando Jordão. O programa agora retorna agora turbinado, na estrutura da Secretaria de Governo, e com um conselho integrado por representantes de dez secretarias, que tomou posse também na cerimônia de relançamento. Os conselheiros serão a ponte entre o programa e as secretarias e ficarão responsáveis por acompanhar a execução das obras e informar sobre o seu andamento.
- Nosso grande objetivo com o Comunidades de Angra é escutar e trabalhar para transformar as realidades dos bairros da nossa cidade, de Garatucaia ao Parque Mambucaba. Com o programa, visamos despertar os sentimentos de pertencimento e empoderamento nos moradores, promovendo verdadeira cidadania – frisou o secretário de Governo, Cláudio Ferreti.
Nesta nova fase, o PCA começa pelo Belém, a partir da semana que vem, com equipes do governo fazendo a interlocução com as lideranças do bairro. O Comunidades de Angra será estendido a outros bairros ao longo de 2023.
– Não vão ser apenas obras, também vamos atender demandas por outros serviços, ouvindo dos moradores onde está faltando, por exemplo, um professor ou um médico. Vamos trabalhar a participação da comunidade para que a população se sinta de fato parte da mudança no bairro – explicou Claudio Ferreti.
Sem orçamento próprio, o Comunidades de Angra contará com os recursos para a execução das obras previstas nos orçamentos das secretarias. A ideia é priorizar serviços e pequenas obras que causem impacto positivo na vida da comunidade.
- O Programa Comunidades de Angra possibilita um vínculo do governo com os bairros. Com ele, vamos poder ser ouvidos e ter nossas demandas atendidas. Vamos somar com a Prefeitura para mudar a nossa realidade – destacou o presidente da Associação de Moradores do Morro da Cruz, Alexandre Buiú.
PCA NO BELÉM
A primeira etapa do Comunidades de Angra no Belém ocorre a partir da próxima semana. Neste primeiro momento, a equipe do programa fará a interlocução com os moradores e lideranças comunitárias. Na primeira semana de julho, uma tenda será montada no bairro, para receber as demandas dos moradores. A partir das conversas, será feito um diagnóstico sobre as necessidades do bairro.
Na segunda etapa, as informações colhidas junto à população serão catalogadas pela equipe técnica, que irá verificar quais as principais reivindicações dos moradores do Belém. Na terceira etapa, técnicos do PCA vão se reunir com os moradores e apresentar um resumo do material coletado. Na quarta e última fase, o Comunidades de Angra apresentará plano de ação estruturado com base na escuta feita junto à população do Belém. Será elaborado um cronograma com obras e ações consideradas exequíveis pela Prefeitura, a partir das prioridades apontadas pelos moradores do bairro.
EDIÇÕES ANTERIORES DO PCA
Idealizado e implementado em 2004, o Comunidades de Angra nasceu como um programa de urbanização dos morros de Angra, a partir da demanda dos moradores, no segundo governo de Fernando Jordão. Acabou interrompido pelos dois governos (Tuca Jordão e Conceição Rabha) seguintes. Voltou no terceiro mandato de Jordão (2017/2020), mas foi suspenso com a pandemia da Covid-19.
O Comunidades de Angra é responsável por importantes obras feitas em diferentes bairros da cidade. Uma delas foi no morro do Tatu, em 2009, quando a comunidade conquistou uma série de benfeitorias, como a construção de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), a implantação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a pintura das fachadas das casas, muros de contenção na escada do Aquidabã e esgotamento sanitário da Rua Bela Vista.
Mais recentemente, em 2018, a parceria dos moradores do Morro da Caixa D‘Água com o Comunidades de Angra proporcionou a reforma da quadra e do centro comunitário. Já o Morro do Abel contou com obras de contenção de encostas, reforma da galeria, que passa por baixo do Escadão Monte Carmelo, e a colocação de tampa no escadão do Cajá, entre outras benfeitorias.
Em 2022, o Comunidades de Angra fez algumas intervenções nos morros do Abel, Carioca, Santo Antônio, Caixa D’Água, Carmo, Fortaleza, Peres, Tatu, Glória I e Glória II. Foram feitos serviços de recapeamento de vias, sinalização horizontal e vertical, melhorias nas calçadas, escadarias e travessas, colocação de placas de identificação de vias e contenções, entre outros.