Angra investe em novos equipamentos para monitorar chuvas

Reunião na Defesa Civil destaca atuação de força-tarefa e compra de pluviômetros e sirenes para o sistema de monitoramento meteorológico

Quarta-Feira, 05/04/2023 | Secretaria de Governo e Relações Institucionais .

A Prefeitura de Angra dos Reis anunciou terça-feira, dia 4, a abertura de licitação para a aquisição de novos equipamentos para o sistema de monitoramento meteorológico. Serão comprados 20 novos pluviômetros automáticos, aumentando dos atuais 37 para 57, e 13 sirenes, que passarão de 20 para 33. Em reunião, a equipe de secretários da Prefeitura fez ainda um balanço das medidas adotadas desde abril de 2022, quando fortes temporais deixaram 11 mortos no bairro da Monsuaba e três desaparecidos na Ilha Grande.

– É muito importante que tenhamos um plano de contingência exequível, trabalhando com foco, planejamento e ação, com todas as secretarias. O que fizemos foi importante para aquele momento, mas não será o bastante para os próximos problemas que poderemos ter que lidar. Temos que estar preparados para enfrentar, organizados, principalmente para evitar perda de vidas – disse o secretário de Governo e Relações Institucionais, Cláudio Ferreti, que coordenou a reunião de secretariado.

No último ano, foram investidos mais de R$ 167 milhões em recursos do município para recuperar as partes mais atingidas pelas chuvas de abril de 2022, incluindo a Ilha Grande. Na reunião de avaliação das medidas adotadas ao longo do último ano, o secretário de Defesa, Fábio Júnior, anunciou a compra de novos equipamentos de monitoramento meteorológico. As 13 novas sirenes, que serão instaladas na cidade, abrangerão a Ilha Grande. Já os pluviômetros servirão para aperfeiçoar ainda mais o monitoramento do tempo, do nível dos rios e do volume de chuvas.

– Pretendemos aumentar o nosso sistema de monitoramento com a aquisição de 20 novos pluviômetros automáticos, aumentando de 37 para 57, assim como aumentar o nosso sistema de alerta e alarme, em relação às sirenes, passando de um número de 20 sirenes para 33. Já estamos em fase de aquisição desses equipamentos, por meio de licitação – afirmou Fábio Júnior.

No início da reunião, a secretária executiva de Comunicação, Gerusa Guimarães, exibiu um vídeo detalhando a atuação da Prefeitura de Angra durante e após as chuvas. Todos os secretários e representantes de secretarias presentes destacaram a importância da força-tarefa da Prefeitura, o chamado Gabinete de Crise, criado especificamente para lidar com as consequências de uma situação climática fora do normal.

– Tivemos diversos legados surgidos por meio dessa força-tarefa. Na parte habitacional, o município elaborou os projetos executivos em tempo recorde e encaminhou ao Governo do Estado a necessidade de construção de 128 unidades habitacionais. No dia 28 de abril a empresa vencedora, que vai ficar responsável pelas obras, será conhecida. Outros municípios passaram pela mesma situação que Angra passou, e até hoje não conseguiram se organizar para dar uma solução a esses tipos de consequências das chuvas, o que mostra a dedicação e a competência da Prefeitura de Angra – disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Tiago Scatulino.

Além da compra de mais equipamentos meteorológicos, a Prefeitura de Angra dos Reis também irá reforçar a formação de Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC), a vistoria de imóveis e o cadastro de moradores, e o uso de imagens de drone para monitoramento de áreas de risco do município. Por meio do projeto de lei da deputada Célia Jordão, será implantado ainda o sistema Cel. Broadcasting, que transforma o celular em uma espécie de sirene portátil, abrangendo qualquer aparelho (de morador, turista ou visitante) que esteja em áreas suscetíveis a desastres na cidade.

Nos últimos quatro anos, de 2019 a 2022, a Prefeitura investiu quase meio bilhão de reais em obras e serviços fundamentais para prevenir e minimizar os efeitos das chuvas. Contenção de encostas, desobstrução de bueiros e cursos d’água, informação meteorológica e manutenção de vias públicas são algumas das ações que foram – e seguem – sendo feitas.

Imediatamente nos dias que se seguiram às fortes chuvas, a Prefeitura - por meio das secretarias de Infraestrutura e Obras Públicas e Desenvolvimento Regional - destinou R$ 80 milhões em obras de contenção, drenagem, enrocamento e pavimentação em 21 localidades.

Na Monsuaba já foram concluídos o recapeamento, a pintura das vias e o enrocamento (espécie de barreira de pedras) das três barras dos rios que deságuam na praia do bairro.

Além disso, quatros obras de grande porte para contenção de encostas estão previstas para este ano: na Praia da Tartaruga, no Paraíso, na Praia das Éguas e na Estrada dos Maciéis, todos localizados na Ponta Leste, na região da Monsuaba.

O Governo do Estado está licitando a empresa que irá construir 128 apartamentos para famílias que perderam suas casas em Monsuaba, um investimento previsto de R$ 35,7 milhões. A Prefeitura cumpriu com a sua parte no acordo: doou o terreno, fez o projeto arquitetônico e preparou a área com rede de água e esgoto, luz e calçamento.