Alegria e irreverência. Este foi o sentimento que tomou conta dos milhares de foliões que pularam carnaval nos mais de 80 blocos que animaram as ruas de Angra dos Reis, durante sete dias. Organizado pela Prefeitura, por meio das secretarias de Eventos e a de Cultura e Patrimônio, o carnaval de Angra transcorreu em um ambiente de paz e tranquilidade, sem registro de ocorrência policial grave. Famílias inteiras curtiram a folia até o último minuto, quando o bloco Galera do Rock desfilou pelas ruas do Centro, já na madrugada de Quarta-Feira de Cinzas.
- A nossa expectativa para o carnaval foi mais do que superada. Foi uma decisão muito acertada a de investir na cultura angrense, nos artistas locais, nos blocos, na infraestrutura, levar a folia para todos os cantos da cidade. Foi uma festa para todas as pessoas, para a família. Isso prova que o carnaval de Angra é uma referência no estado do Rio de Janeiro – disse o secretário de Eventos, João Willy.
Os turistas lotaram a cidade. A taxa de ocupação de hotéis e pousadas ficou acima dos 96% no continente e 99% na Ilha Grande. O movimento foi intenso na Estação Santa Luzia, no Centro, de onde sai a maior parte dos passeios de escuna pelas ilhas e também partem os flexboats para a Ilha Grande. A estimativa é que entre 4 mil e 4,5 mil pessoas passaram diariamente pelo local. De sábado até hoje (dia 22), 147 ônibus e vans de turismo acessaram a cidade.
Diversidade nos blocos
Ao todo, foram mais de 80 blocos espalhados pela cidade. A maioria deles recebeu apoio cultural da Prefeitura de Angra para realizar seu desfile. A diversidade foi a marca dos blocos: era possível escolher entre pular de tarde ou à noite; na região central ou nos bairros; e escutando ritmos variados, desde o funk, o axé até o samba.
- Esse é o primeiro carnaval em que trago minha filha. Está um clima familiar, muito seguro. Estou adorando. Carnaval tem que ser curtido com responsabilidade e segurança, e estamos vendo isso. Os eventos estão excelentes – elogiou a professora Josiane Silvestre, de 36 anos, que levou a filha Bela Maria, de dois anos, para curtir o Bloco do Reizinho Mirim, no domingo.
Com o crescimento de alguns blocos, os organizadores do carnaval decidiram criar um circuito, com concentração na Praia do Anil. A ideia foi aprovada pelos foliões e a expectativa é que, no próximo ano, mais agremiações façam seu desfile no novo endereço.
O Barracão do Samba, instalado no Cais de Santa Luzia, também ficou lotado todos os dias. Por lá, entre um desfile e outro, o público pode curtir apresentações musicais de artistas locais que não deixaram ninguém parado. O mesmo espaço foi ocupado pelos baixinhos no domingo e na terça, quando ocorreram as matinês.
Além do Barracão do Samba, no Centro, mais sete localidades (Parque Mambucaba, Vila Histórica de Mambucaba, Frade, Japuíba, Monsuaba e as praias da Vila do Abraão e Provetá, na Ilha Grande) receberam toda a infraestrutura de palco e iluminação por onde passaram diversos cantores e DJs.
- O que mais me deixou feliz neste carnaval foi ver a animação das pessoas em um ambiente de paz. Elas se sentiam seguras em estar ali. Juntas, as secretarias de Cultura e Eventos, promoveram uma integração com todo governo, uma equipe de 150 pessoas. Tudo acompanhado de perto pelo prefeito e pelo secretário de Governo. Foi um investimento financeiro grande por parte da prefeitura em mão de obra de Angra, muita gente da terra participando desta economia criativa que é o carnaval. Com o dinheiro circulando aqui. Fomentamos isso e ficamos felizes. Sem falar nos artistas locais contratados, um investimento grande, de legado – frisou o secretário de Cultura e Patrimônio, Andrei Lara.
Trabalho conjunto
Diversos setores da prefeitura trabalharam em conjunto para oferecer diversão de qualidade aos angrenses e turistas que lotaram a cidade, deixando a taxa de ocupação de hotéis e pousadas em mais de 96% no continente e 99% na Ilha Grande. A TurisAngra atuou com afinco no combate ao turismo ilegal. Entre as várias ações de ordenamento realizadas, um acampamento que abrigava cerca de 100 pessoas foi desmobilizado na Praia da Sororoca.
Pela Estação Santa Luzia, no Centro, de onde sai a maior parte dos passeios de escuna pelas ilhas e de onde partem os flexi boats para a Ilha Grande, o movimento foi grande. Passaram pelo local, diariamente, entre 4 mil e 4,5 mil pessoas. De sábado até hoje (22 de fevereiro), 147 ônibus e vans de turismo acessaram a cidade.
Para manter a cidade limpa, assim que os desfiles passavam, o “Bloco da Limpeza”, coordenado pela Secretaria Executiva de Serviço Público, entrava na passarela. Mais de 900 toneladas de lixo foram recolhidas durante o feriadão. Também houve coleta diária de resíduos nas praias.
Trinta e sete agentes de trânsito trabalharam diariamente nas interdições e paralisações parciais de algumas vias para passagem dos blocos. Ônibus extras foram colocados nas ruas para garantir um retorno tranquilo para casa dos foliões.
A parte de segurança funcionou muito bem, não houve ocorrências graves registradas. Cento e cinquenta e sete policiais militares trabalharam diariamente no município durante o carnaval. A eles se juntaram, entre sexta (17) e terça-feira (21), 165 homens do Proeis, remunerados pelo governo municipal. Ao todo, 61 viaturas participaram do patrulhamento da cidade.
Equipes da saúde também trabalharam neste carnaval. Além dos hospitais e Serviços de Pronto Atendimento, diversas equipes foram para as ruas distribuir preservativos e folhetos alertando para o perigo das doenças sexualmente transmissíveis. Também avisaram sobre a importância do combate ao Aedes aegypti, mais comum nesta época do ano. Um posto de pronto atendimento 24 horas foi montado na Praia do Aventureiro, na Ilha Grande. Funcionando de sexta a terça-feira, atendeu a 33 casos, mas nada grave.
A Secretaria Executiva de Comunicação foi outra que não ficou de fora. Todos os dias suas equipes saíam em busca das melhores imagens e histórias, mantendo a população bem-informada de todos os detalhes da folia em Angra.
- Houve um trabalho em conjunto entre diversas secretarias, entidades representativas dos blocos e órgãos externos, como as polícias militar e civil, para que tudo acontecesse com tranquilidade e segurança para a população. O resultado foi muito bom. Nossa proposta, a diretriz do governo municipal, era fazer um carnaval de rua para as famílias, e vimos isso acontecer. Angrenses contentes e turistas satisfeitos com a nossa receptividade. Balanço superpositivo do carnaval – avaliou o secretário de Governo e Relações Institucionais, Cláudio Ferreti.