Educação no Setembro Amarelo

Secretaria distribui material informativo nas escolas, conscientiza comunidade escolar e irá realizar live sobre o tema no dia 28

Sexta-Feira, 17/09/2021 | Secretaria de Educação, Juventude e Inovação .

A Prefeitura de Angra tem realizado diversas atividades neste Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio. A campanha do Setembro Amarelo visa conscientizar as pessoas sobre os atos autolesivos, bem como evitar que eles aconteçam. Considerando o papel importante da escola na vida de crianças e adolescentes e o potencial do ambiente escolar para a educação em saúde, a Secretaria de Educação do município também está com atividades que fazem parte da campanha.

– A escola precisa ter um olhar atento para identificar e acolher crianças e adolescentes que estejam apresentando sinais de risco, para que sejam realizados os devidos encaminhamentos – explica Maria Verônica Ferreira, Superintendente de Educação.

Por meio do Departamento de Diversidade e Inclusão, a Secretaria de Educação está promovendo a divulgação de conteúdos informativos acerca da temática, convidando à reflexão alunos, pais e professores. Estão sendo distribuídos materiais informativos nas unidades de ensino, destinados à toda comunidade escolar. O conteúdo traz informações fundamentais para a superação do tabu, sobre a importância de se conversar e expressar os sentimentos, sobre a atenção aos fatores de risco e o fortalecimento dos meios de proteção, além de formas de ajudar quem está em sofrimento psíquico.

Dentre os materiais estão a cartilha “Carta aos Pais, Responsáveis e Educadores” da  Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), vídeos do Centro de Valorização da Vida (CVV) em parceria com a Unicef, um e-book voltado para os estudantes adolescentes e cards para as redes sociais. O material foi elaborado pela psicóloga Nilcéia Galindo, da Secretaria de Educação, e demais profissionais especializados da pasta.

LIVE NO DIA 28
Além do material, a Secretaria de Educação irá realizar no dia 28, às 15h, a live “Setembro Amarelo: estudante & escola - uma parceria para a valorização da vida” que será transmitida pelo canal do Youtube da secretaria, chamado “Nas Ondas da Educação”.

As palestrantes convidadas são a psicóloga Mônica Nunes (UFRJ), residente em Saúde da Família na Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, e a assistente social Bruna de Oliveira Gomes, da Secretaria de Educação do Governo do Estado do Rio (Seeduc), mestre e doutoranda em Serviço Social da Uerj.

A assistente social abordará a importância da reflexão sobre o tema e das campanhas de prevenção no espaço escolar, enquanto a psicóloga tratará da temática na perspectiva dos cuidados acerca da saúde mental e dos fatores protetivos.

Após a live, será realizada ainda uma roda de conversa com os estudantes adolescentes da Escola Municipal Júlio César de Almeida Larangeira, com a participação da assistente de Apoio à Família, Izabela Munhe, da psicóloga Nilcéia Galindo e da equipe técnico-pedagógica da unidade de ensino para um debate em torno da defesa da vida. A roda de conversa será realizada no auditório da unidade, como mais uma oportunidade para os adolescentes se expressarem e esclarecerem as eventuais dúvidas.

SETEMBRO AMARELO E DADOS DA OMS
O Setembro Amarelo é o mês de conscientização sobre saúde mental e prevenção de violências autoprovocadas. Os problemas abordados envolvem depressão, ansiedade e, em casos mais graves, tentativas de suicídio. As ações que compõem a programação envolvem diversos setores da prefeitura, principalmente os da área de saúde. Prioritariamente, quem precisa desse tipo de auxílio deve buscar as unidades de Atenção Básica e, a partir delas, serão dados os demais encaminhamentos, caso a caso.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 70% dos casos de pessoas que tiram a própria vida possuem causas evitáveis e aponta o acolhimento e a escuta qualificada como uma importante ferramenta na diminuição desses números. A OMS, na perspectiva de superar o tabu sobre o tema, orienta que falar sobre o assunto é uma forma de entender quem passa por situações de intensa fragilidade emocional, podendo ajudar a partir do momento em que essas pessoas são identificadas.

Os números mostram que os casos de suicídio prevalecem em países em desenvolvimento (79%). Por isso, em muitos casos, também é importante buscar o apoio de dispositivos que podem dar orientações quanto à programas voltados para emprego, renda, benefícios sociais, entre outros recursos.