A Praça da Matriz, no Centro de Angra, recebeu nesta quarta-feira (26) uma grande ação alusiva ao Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. A programação, realizada pela Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com o Instituto de Apoio e Gestão à Saúde, contou com distribuição de materiais informativos e uma peça teatral encenada por jovens do grupo AngraArte.
- Nosso objetivo foi levar à população informações sobre a prevenção ao suicídio, para que, conhecendo, as pessoas possam cuidar e ajudar quem necessita – explicou a responsável pela área técnica de Atenção Integral às Pessoas em Situação ou Risco de Violência, do Departamento de Saúde Coletiva.
Além desta ação no Centro da cidade, foi realizada, no dia 11 de setembro, uma atividade com alunos do Colégio Estadual Honório Lima, no Balneário.
- Estudos comprovam que aumentou muito o número de suicídio e também tentativa entre os jovens de 15 a 20 anos, principalmente no gênero feminino. Daí surgiu nossa ideia de estar perto da juventude, nas escolas e praças públicas, chamando a atenção do público para a necessidade da prevenção ao suicídio – ressaltou o superintendente de Atenção à Saúde de Angra dos Reis, acrescentando que esta ação de parceria com as escolas será contínua.
Todo o trabalho está sendo acompanhado pela médica psiquiatra Lilian Machado, responsável pelo apoio técnico à Atenção Primária e a Saúde Mental do município. A médica destaca que algumas situações devem ganhar atenção no convívio.
- Os pais e familiares devem ficar atentos a comportamentos como isolamento, mudança repentina de conduta e à dificuldade de ir à escola. Também há a questão da automutilação que, nas meninas, muitas vezes fica escondida por baixo da vestimenta. Isso faz com que o jovem não troque de roupa na frente de ninguém, por exemplo. Outra situação que deve ganhar atenção é a relação com o celular para fugir de alguma coisa que está incomodando – explicou Lilian Machado.
Segundo a psiquiatra, notado qualquer um destes comportamentos, a família deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
- Na unidade de saúde, o paciente será encaminhado para o profissional adequado para acompanhamento do caso – destacou a profissional, enfatizando que todos estes sinais de comportamento deixam um grande aviso: “é preciso cuidar da família”, finalizou Lilian Machado.