Alegria, festa e muita animação marcaram o desfile do primeiro bloco do Carnaval em Angra dos Reis. No cenário vibrante da folia, o Bloco do Social veio para mostrar que tem espaço para todos. Organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania, o 3° Carnaval do Social teve o tema “Diversidade e Inclusão“, no qual enfatizou a inclusão de diversas culturas e etnias. O bloco surgiu com o objetivo de proporcionar bem-estar e inclusão social às pessoas, reconhecendo e valorizando a diversidade como um direito humano.
- É a minha primeira vez no bloco, quero poder curtir, sentir e aproveitar o que os meus olhos já não podem ver mais. Lembro de momentos muitos felizes da minha vida, estou muito feliz de poder ter um bloco específico para nós, que somos deficientes – reforçou a deficiente visual, Sirlene Santos rodrigues de 44 anos, moradora do Parque Mambucaba.
A ideia do bloco surgiu através dos trabalhos desenvolvidos pelos coordenadores da Secretaria de Desenvolvimento Social que estão diariamente conscientizando e orientando as pessoas sobre seus direitos civis. Neste bloco houve participação dos indígenas, das pessoas PCDs, autistas, idosos, entre outros assistidos pela assistência social. Um momento marcante de inclusão e acessibilidade.
- Um bloco lindo e de muita inclusão, o importante é ser feliz e comemorar o Carnaval. A Secretaria de Desenvolvimento Social trabalhou muito para colocar esse bloco nas ruas, e agora é um motivo de muita alegria ver que deu certo e que todos estão podendo comemorar juntos essa festa linda – comentou a secretária de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania – Thaísa Bedê.
Um dos aspectos mais notáveis do desfile foi a participação ativa de membros das comunidades indígenas, trazendo consigo suas tradições, danças e vestimentas típicas reforçando a importância de preservar e valorizar nossas heranças culturais. A aldeia indígena Sapukai, maior do estado, marcou presença no bloco. Segundo o cacique todos estavam muito empolgados com essa participação inclusive a aldeia teve ensaios para ficar com o samba-enredo deste ano na ponta da língua.
- Estamos muito felizes, nos pintamos e nos arrumamos para o bloco. É uma forma de nos fortalecerem juntos e viemos pela primeira vez para participar dessa festa – comemorou o indígena, Diogo Benites de 21 anos.
Com uma abordagem sensível e inclusiva, o desfile se tornou um espaço seguro e acolhedor para essas pessoas, destacando sua contribuição única para a diversidade do Carnaval e da sociedade em geral.
- Eu amo o Carnaval, pulo muito e aproveito. Estou muito empolgada e espero ir em vários outros blocos nos próximos dias. O Bloco do Social é apenas o primeiro dessa semana que para mim é uma das mais esperadas do ano. A idade para mim nunca foi uma limitação – comentou a aposentada de 73 anos, Maria Teresa Oliveira moradora do bairro Vila Velha.
Outro ponto de destaque foi a presença de pessoas com deficiência, cuja participação ativa no desfile desafiou estereótipos e barreiras físicas. Com uma mistura de cadeiras de rodas adornadas e performances cheias de energia, esses participantes não apenas desafiaram limitações físicas, mas também celebraram a resiliência e a determinação humana.