Produção de polpa de juçara na aldeia Guarani

Trabalho tem apoio da Prefeitura, visando preservação, sustentabilidade econômica e ambiental e segurança alimentar

Segunda-Feira, 03/04/2023 | Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania .

A Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Agricultura, Aquicultura e Pesca, tem investido no desenvolvimento de ações para a promoção da segurança alimentar em comunidades tradicionais, como os indígenas e os quilombolas. Na aldeia Guarani Sapukai, moradores vêm recebendo suporte e acompanhamento para o processamento da polpa de juçara. A primeira colheita e processamento foi feita no fim de março. O incentivo ao cultivo da palmeira juçara tem como objetivo, além da segurança alimentar das comunidades, a conservação ambiental e a sustentabilidade.

A ação contou com o encontro entre lideranças indígenas e quilombolas, que já desenvolvem o cultivo e produção de polpa de juçara há algum tempo no quilombo Santa Rita do Bracuí. O método de colheita, utilizando a peconha, foi explicado pelo seu Valmir, representante da Associação dos Remanescentes do Quilombo Santa Rita do Bracuí (Arquisabra), que também orientou os participantes sobre a importância da conservação da juçara e do manejo dos seus frutos como alternativa economicamente viável, no lugar da derrubada para extração do palmito.

Além da Secretaria de Agricultura, Aquicultura e Pesca, a atividade contou com outros parceiros importantes, como a Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania do município, o Parque Estadual Cunhambebe e a Área de Proteção Ambiental Estadual de Tamoios.

Após a colheita, foram feitas a despolpa e a embalagem do produto, utilizando uma seladora. Ao final, os participantes degustaram uma batida preparada com a polpa. Espera-se agora dar continuidade ao aprimoramento dos cultivos existentes na aldeia, por meio do manejo e apoio para colheita e processamento dos frutos, sempre em cooperação com o quilombo. O trabalho conta ainda com o apoio da Emater-Rio.

A palmeira possui grande valor ecológico na cadeia alimentar da Mata Atlântica em virtude de sua ampla distribuição geográfica e pela produtividade e abundância de flores e frutos, interagindo com a fauna polinizadora e dispersora. Seus frutos são considerados um dos produtos da sociobiodiversidade local.