Nesta segunda-feira (13), o plenário da Câmara Municipal de Angra dos Reis foi o local escolhido para mais uma ação do Março Violeta. Foi realizada uma palestra com o tema “A força da delicadeza: a evolução dos direitos da mulher”. O palestrante do evento, o advogado Fabricio Ostrowsk, destacou a importância das mulheres conhecerem seus direitos e lutarem por eles.
- Falamos sobre a evolução que garante às mulheres, hoje, direitos que antes não tinham, e a necessidade de que esses direitos sejam mantidos, pois a gente vive em uma sociedade machista, que muitas vezes tenta diminuir o que já foi conquistado arduamente com anos de luta. Existe a necessidade de cuidar disso para que seja sempre mantido e garantido - afirmou o palestrante.
Segundo dados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Angra dos Reis que foram apresentados na palestra, só em 2022 foram 509 ocorrências de violência contra a mulher e 3 feminicídios registrados na cidade. Números que reforçam ainda mais a importância de combater esses crimes.
- O mês de março tem sido de muito trabalho, mas também de muita recompensa. A cada evento, a gente consegue compreender que a adesão está grande e que estamos conseguindo atingir os objetivos. Além de envolver público feminino, também estamos fazendo uma política diferenciada de proteção dos direitos das mulheres– reforçou o secretário executivo de Assistência Social, Heraldo França, que esteve presente na palestra.
A programação em Angra, é organizada pela Coordenação Técnica da Mulher, e segue até 31 de março em vários bairros do município, com palestras, caminhada, rodas de conversa, atividades esportivas e de lazer, desfile da 3ª idade e, claro, reforçando sempre a importância sobre a conscientização e o papel da mulher na sociedade.
- Eu achei a iniciativa maravilhosa. Tem crimes que muitas mulheres nem tem noção de que passam dentro de casa ou até mesmo no ônibus, vindo trabalhar. Muita gente acha que crime é só agressão física, mas não. No dia a dia, a maioria das mulheres sofrem crimes – contou Suellen Freitas, servidora pública que assistiu a palestra.