As aulas de stand up para pessoas com deficiência voltaram a ocupar a orla de Angra dos Reis. A atividade, uma parceria da Prefeitura de Angra, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, e do Ministério da Defesa, reúne 30 alunos que, às manhãs de terças-feiras, encaram os desafios de equilíbrio em cima de uma prancha nas águas da Praia do Colégio Naval.
A modalidade esportiva, considerada por muitos como uma atividade nada fácil, é praticada com muito desprendimento por alunos com deficiência física, visual e auditiva. Interrompida há dois anos, por conta da pandemia da covid-19, o stand up voltou a agregar todas as idades, com alunos a partir de 7 anos.
Antônio Cleber Viana, de 46 anos, que teve a perna direita amputada após um acidente, foi um dos que comemorou a retomada das aulas.
- O stand up nos ajuda muito, principalmente a desenvolver força, equilíbrio, agilidade. Colabora bastante para nossa autoestima também. Pratico com sol ou com chuva”, enfatizou ele.
Os benefícios do esporte também são listados pela fundadora da Associação Angrande de Deficientes Físicos (AADEFI), Rita de Fátima dos Santos, que pratica a modalidade há sete anos.
- Tenho maior força física, consigo caminhar com mais facilidade, sem contar a socialização com a turma que nos anima muito no dia a dia - comentou Rita, que tem movimento do corpo reduzido como sequelas de poliomielite.
Os efeitos positivos do esporte, na vida dos alunos vai, porém, além da inclusão social. Além da autoestima, stand up auxilia no controle motor dos alunos. Quem confirma a informação é a professora de Educação Física, Andrea Portugal, que acompanha o dia a dia da turma.
- Esse esporte contribui em diversos ensinamentos motores cognitivos, sociais e psicológico, fundamentais, para formação do indivíduo e é capaz de abrir oportunidades. E ainda: através do projeto de stand up para pessoas com deficiências muitos objetivos são alcançados, principalmente a apresentação da potencialidade de cada aluno e suas superações de limites – ressaltou.
Para participar, o interessado deve preencher uma ficha no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). É necessária a apresentação de documentos como RG, CPF, comprovante de residência, NIS e certidão de nascimento para os menores de idade. Crianças de 7 a 9 anos precisam do acompanhamento dos pais para participar do projeto. A partir de 10 anos, todos podem participar sem nenhuma restrição.