Uma notícia anunciada esta semana pelo Ministério de Minas e Energia, da redução em 50% em média, dos percentuais de conteúdo local (CL) para as empresas de produção e exploração de óleo e gás natural no Brasil, caiu como uma “bomba” no setor, que teme novas demissões com a diminuição de obras a ser realizada no país. A presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região Costa Verde, Cristiane Marcolino, o diretor Executivo, Manoel Sales, o Manoelzinho, e assessoria, estiveram no gabinete do prefeito Fernando Jordão para conversar. Os secretários municipais de Desenvolvimento Econômico, João Carlos Rabello e o de Governo e Relações Institucionais, Marcus Veníssius Barbosa, também estavam no encontro.
O prefeito decidiu abraçar a causa dos metalúrgicos e já na próxima sexta-feira (3), tem reunião marcada com o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves Barreto, aqui em seu gabinete, na Prefeitura de Angra dos Reis. O Sindicato, também estará se reunindo com a liderança dos diversos sindicatos dos trabalhadores da construção naval para unir força para uma grande mobilização por parte dos metalúrgicos, na tentativa de fazer o Governo Federal recuar da sua decisão, que prejudicará muito o setor e causará demissões em massa.
No dia 8 de março, Fernando Jordão vai a Brasília, onde pretende se reunir com ministros e secretários ligados ao setor, para tentar sensibilizar a presidência da República sobre o risco que a medida traz para a construção naval brasileira. Paralelamente às reuniões em Brasilia, no Rio de Janeiro, o Sindicato da categoria estará reunido com outros sindicatos para a realização de atos contrários a redução do CL. Antes da decisão, as empresas tinham que realizar 65% de seus empreendimentos no Brasil, agora, apenas 25% dos equipamentos e serviços precisam ser adquiridos de fabricantes ou prestadores de serviços brasileiros, abrindo brecha para que, parte do que antes seria comprado ou fabricado no país seja adquirido no exterior.
Prefeito entra na luta contra a redução de conteúdo local
O Ministério de Minas e Energia quer reduzir em 50% em média os percentuais de empreendimentos feitos no Brasil do setor naval