Prefeito entra na luta contra a redução de conteúdo local

O Ministério de Minas e Energia quer reduzir em 50% em média os percentuais de empreendimentos feitos no Brasil do setor naval

Sexta-Feira, 24/02/2017 | Secretaria de Desenvolvimento Econômico .

Uma notícia anunciada esta semana pelo Ministério de Minas e Energia, da redução em 50% em média, dos percentuais de conteúdo local (CL) para as empresas de produção e exploração de óleo e gás natural no Brasil, caiu como uma “bomba” no setor, que teme novas demissões com a diminuição de obras a ser realizada no país. A presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região Costa Verde, Cristiane Marcolino, o diretor Executivo, Manoel Sales, o Manoelzinho, e assessoria, estiveram no gabinete do prefeito Fernando Jordão para conversar. Os secretários municipais de Desenvolvimento Econômico, João Carlos Rabello e o de Governo e Relações Institucionais, Marcus Veníssius Barbosa, também estavam no encontro.
O prefeito decidiu abraçar a causa dos metalúrgicos e já na próxima sexta-feira (3), tem reunião marcada com o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves Barreto, aqui em seu gabinete, na Prefeitura de Angra dos Reis. O Sindicato, também estará se reunindo com a liderança dos diversos sindicatos dos trabalhadores da construção naval para unir força para uma grande mobilização por parte dos metalúrgicos, na tentativa de fazer o Governo Federal recuar da sua decisão, que prejudicará muito o setor e causará demissões em massa.
No dia 8 de março, Fernando Jordão vai a Brasília, onde pretende se reunir com ministros e secretários ligados ao setor, para tentar sensibilizar a presidência da República sobre o risco que a medida traz para a construção naval brasileira. Paralelamente às reuniões em Brasilia, no Rio de Janeiro, o Sindicato da categoria estará reunido com outros sindicatos para a realização de atos contrários a redução do CL. Antes da decisão, as empresas tinham que realizar 65% de seus empreendimentos no Brasil, agora, apenas 25% dos equipamentos e serviços precisam ser adquiridos de fabricantes ou prestadores de serviços brasileiros, abrindo brecha para que, parte do que antes seria comprado ou fabricado no país seja adquirido no exterior.