Angra no 10º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas

Evento está sendo realizado em Paraty, com programação até a próxima sexta-feira (5), incluindo palestras, visitas técnicas e mesas de debates

Quarta-Feira, 02/08/2023 | Secretaria de Cultura e Patrimônio .

A noite da última terça-feira (1º) foi marcada pela abertura oficial do 10º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial da Unesco. O evento, sediado na cidade de Paraty, foi aberto ao público e realizado pela Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM). A programação segue até a próxima sexta-feira (5), no Centro Histórico do município. A Prefeitura de Angra dos Reis marcou presença representando a cidade que tem a Ilha Grande como Patrimônio Mundial juntamente com Paraty.

- As localidades reconhecidas pela Unesco são riquezas do nosso país. Temos lutado para preservar as belezas naturais da Baía da Ilha Grande e fortalecer a cultura dos povos que coabitam a região. Esse título nos ajuda muito e será muito importante na busca de investimentos para dar maior visibilidade à nossa região e estimular formas sustentáveis de turismo, como ecológico, cultural, histórico e de aventura. Com toda certeza, essas ações contribuíram para a geração de emprego e renda para as populações locais, melhorando a qualidade de vida dos moradores – ressaltou o vice-prefeito Christiano Alvernaz.

Ilha Grande e Paraty foram reconhecidas pela Unesco em 2019 como Patrimônio Mundial. O título criou um compromisso internacional de preservação do local. O plano de gestão compartilhada do sítio misto, construído com representações locais, mapeia riscos e aponta ações para minimizar possíveis ameaças ao valor universal excepcional de Paraty e Ilha Grande. Os dois locais são marcados pela coexistência de uma cultura viva e um ambiente natural exuberante.

- O título [de Patrimônio Mundial] traz vários compromissos e responsabilidades. Então estamos aqui para contar um pouco mais da história, das ações que são feitas na Ilha Grande e da luta que temos para proteger e defender o nosso patrimônio – comentou Carlos Kazuo, secretário executivo da Ilha Grande.

Na manhã desta quarta-feira (2), o secretário de Cultura de Angra, Andrei Lara, participou do painel “O Sítio de Paraty e Ilha Grande – Desafios da Gestão de um Patrimônio Misto”. A programação segue nos próximos dias com palestras, visitas técnicas por Paraty e uma mesa de debates sobre gestão eficaz dos sítios de patrimônio histórico e natural. Na quinta-feira (3), Kazuo participará de um painel sobre desafios e melhorias que estão sendo feitas para preservar o patrimônio da Ilha Grande.

GESTÃO DE SÍTIOS NATURAIS E CULTURAIS

O tema da 10ª edição do encontro é “Gestão, interpretação e estratégias de desenvolvimento dos sítios naturais e culturais do patrimônio”. No Brasil, são 23 cidades históricas, sítios e monumentos reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Mundial. Representantes de todos esses lugares estão presentes no evento em Paraty, que é um marco no calendário cultural brasileiro.

- Desde 2019, quando recebemos o título pela Unesco, foi um motivo de muita alegria para todo setor de turismo. A Ilha Grande sempre foi o local mais procurado por quem visita Angra dos Reis. Agora, com uma visibilidade maior e mundial, tem se tornado um dos principais destinos turísticos [do estado do Rio de Janeiro e do país]. Só temos motivo para comemorar, e encontros como esses são importantes para divulgarmos a nossa cidade e trocar experiências com outras cidades turísticas que também estão participando do encontro – disse o presidente da TurisAngra, Marc Olichon.

Um dos enfoques do encontro são as possibilidades de financiamento e captação de recursos para as cidades históricas turísticas e patrimônio natural e cultural, com informações sobre a elaboração de projetos para atração de investimentos e parcerias público-privadas. Entre os resultados esperados com o evento está a formulação de uma agenda de propostas adequadas para as diferentes cidades, para informar e auxiliar a gestão municipal no desenvolvimento de suas políticas públicas, bem como oferecer uma cooperação efetiva para a elaboração de políticas regionais e nacionais no âmbito do patrimônio a eles relacionado.