O Disque-Denúncia vem se firmando como uma importante fonte de informação para as forças policiais atuarem em Angra dos Reis. Na semana passada, quando o município enfrentou dias de muita violência, o serviço, mantido pela Prefeitura, recebeu 39 informações anônimas, quase todas sobre bandidos e tráfico de drogas.
Os dias de tensão levaram a um salto no quantitativo de denúncias. Nesse mês, foram cadastradas um total de 112, sendo que, na semana passada, o MovRio (Instituto que coordena o Disque-Denúncia) recebeu 34% de todas as informações deste período.
- Sem o auxílio da população, a polícia pode muito pouco. As informações estão chegando cada vez mais e é sempre importante lembrar os pilares do Disque-Denúncia. O primeiro é o cidadão, que vem confiando e trazendo a informação necessária. Depois, vem a polícia, que deve ter apreço pela informação do cidadão. O terceiro pilar é a imprensa, fundamental para a alavancagem dos fatos a fim de informar à população o resultado obtido com a denúncia – destacou o coordenador do Disque-Denúncia
Esses números mostram que a participação da população na tentativa da redução da violência tem sido de extrema relevância e, desde janeiro, esses números só têm aumentado (janeiro 39; fevereiro 32; março 50; abril 58; maio 63, junho 78; julho 94 e agosto 112), resultando em mais de 500 denúncias – juntando dados do Disque-Denúncia do Rio e do Disque-Denúncia Angra, que foi implantado em maio.
Das 39 informações recebidas pelo Disque-Denúncia Angra, na semana passada, oito são relativas ao Belém, enquanto cinco citam o Morro do Moreno. Vale ressaltar que elas são repassadas pela população da cidade, seja por ligação (0300 253 1177) ou através do APP “Disque Denúncia RJ”.
De acordo com essas denúncias, durante as recentes operações policiais no bairro do Frade, Belém e demais comunidades, alguns traficantes estão buscando refúgio em outros bairros do município e, inclusive, em cidades limítrofes.
O município de Angra dos Reis vem registrando a atuação de traficantes de drogas que recentemente chegaram ao local e vem agindo em diversos bairros e comunidades existentes na cidade. No ano de 2018, das mais de 500 denúncias feitas ao Disque Denúncia, mais da metade (258) está relacionada à atuação de traficantes no município.
Os bairros que mais receberam informações sobre a atuação dos traficantes foram Centro, Frade, Belém, Banqueta, Lambicada e Areal.
Vale ressaltar que, em todo o ano de 2017, foram cadastradas 135 denúncias sobre a atuação de traficantes em Angra dos Reis, demonstrando que o ano de 2018, mesmo ainda em exercício, apresenta expressivo aumento no número de registro de denúncias em relação ao ano anterior e isso se dá principalmente pela parceria firmada entre o Disque-Denúncia e a Prefeitura de Angra dos Reis que culminou na criação do Disque-Denúncia Angra, em maio.
As denúncias de tráfico de drogas no município relatam, em sua maioria, que traficantes, munidos de fuzis, metralhadoras e pistolas, comercializam entorpecentes em diversos pontos de comunidades localizadas no município. Segundo os relatos, muitos traficantes são oriundos de comunidades localizadas no Rio de Janeiro.
As denúncias nos bairros do Frade e Centro, que são os que mais receberam informações no ano de 2018, relatam sobre a localização de traficantes que atuam principalmente nos Morros do Frade e Santo Antônio, são de uma determinada facção criminosa. Enquanto no Belém, as informações recebidas pelo Disque-Denúncia relatam a localização de traficantes que atuam na comunidade de mesmo nome e que são de outra facção criminosa rival àquela que age no Frade.
Disque-Denúncia: quase 40 denúncias em uma semana
A participação da população vem se intensificando e auxilia cada vez mais na atuação da polícia